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Hora de vacinar gente grande

18/04/2014Da Redação
Hora de vacinar gente grande | Jornal da Orla
O Ministério da Saúde inicia nesta terça-feira, dia 22, mais uma campanha nacional de vacinação contra a gripe, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde de todo o país com a meta de imunizar 49,6 milhões de pessoas, o equivalente a 80% do público-alvo. A novidade este ano é a ampliação da faixa etária para crianças de seis meses a 5 anos de idade – no ano passado o público infantil foi de seis meses a menores de dois anos. A dose protege contra a gripe comum e também o vírus influenza A (H1N1), a gripe suína.
 
A campanha prosseguirá até 9 de maio nas unidades de saúde, com a distribuição de 53,5 milhões doses da vacina, disponíveis em 65 mil postos de vacinação em todo o país. Para o Estado de São Paulo, serão enviadas 12,7 milhões de doses. O dia “D” da campanha, dia nacional de mobilização, será no sábado – 26 de abril. Além das crianças, a vacinação é gratuita para idosos com mais de 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, as gestantes, mães puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas, presos e os funcionários do sistema prisional.
 
Junto com a vacinação contra a gripe tem início na terça-feira (22), em Santos, a Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer Bucal. A ideia é que os munícipes que forem se vacinar nas unidades de saúde dos bairros já procurem o dentista para avaliação clínica, sem necessidade de agendamento. 

Reações adversas
 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina é segura e pode reduzir em até 45% o número de internações por pneumonias e em até 75% a mortalidade por complicações da gripe. O vírus influenza presente na vacina da gripe é inativado. Se a pessoa ficar gripada alguns dias após ser vacinada é porque, provavelmente, já estava infectada antes de receber a dose. Outra possibilidade é que ela tenha sido infectada por outro tipo de vírus, não presente na composição da vacina. 
 
Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enduração. São manifestações consideradas benignas, cujos efeitos passam, na maioria das vezes, em 48 horas.  A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha (o alimento é usado na fabricação da vacina).

Vacinas são do bem! 
 

Com a campanha “Vacinas são do bem! Não fique fora dessa!!”, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) quer incentivar a adesão às campanhas de vacinação, desvendando mitos e corrigindo uma série de crendices populares e informações incorretas, que levam a recusas de vacinas sem nenhum embasamento cientifico, comportamento que expõe a população a riscos. A ênfase da campanha, este ano, estará em duas importantes vacinas: a do HPV, que acaba de ser incluída no calendário oficial brasileiro, e contra o Influenza, o vírus da gripe.
 
Segundo a SBI, o impacto positivo das vacinas na saúde pública é muito bem documentado, sendo comparado ao da água potável. As vacinas ajudaram a erradicar a varíola; a reduzir significativamente doenças infantis transmissíveis, como a difteria; permitiram a eliminação da poliomielite nas Américas, Europa e Oceania; bem como o controle do sarampo nas Américas e a redução do número de casos e óbitos por doenças como o tétano e a meningite.
 
A cada ano, estima-se que a imunização previna 2,5 milhões de mortes em todo o mundo. De acordo com a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI), a introdução de novas vacinas contra a doença pneumocócica e o rotavírus tende a aumentar ainda mais esses números.
 

Copa do Mundo: de olho na prevenção
 
A realização da Copa do Mundo em junho próximo, pelas situações de grandes aglomerados, pode facilitar a transmissão de algumas doenças, já que o Brasil receberá viajantes provenientes da África, Ásia e Europa, onde ainda ocorrem casos de sarampo, por exemplo.
 
Essa situação, nacional e internacional, levou o Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo a publicar alerta reforçando a necessidade da vacinação de profissionais que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de companhias aéreas, de transporte rodoviário, de hotéis e restaurantes, profissionais do sexo e outros que mantenham contato com viajantes.