O Santos FC pediu, na segunda-feira (10), ao Ministério Público do Estado de São Paulo a instauração de inquérito Policial afim de que sejam identificados os autores de possíveis ofensas racistas praticadas contra o jogador Arouca, na cidade de Mogi Mirim, no dia 6.
O documento assinado pelo Presidente do Santos FC, Odílio Rodrigues, foi encaminhado ao Dr. Paulo Sérgio de Castilho, da Promotoria de Justiça Criminal do Estado de São Paulo. Em conversa por telefone, o Promotor de Justiça informou ao presidente do Santos FC que o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, está acompanhando o caso de perto e pediu ao Ministério Público uma atenção especial na investigação.
“Queremos que os autores desse crime sejam identificados e respondam criminalmente pelos seus atos. Não podemos aceitar que os clubes sejam penalizados, por causa de mal feitores disfarçados de torcedores.Punir os Clubes com perdas de pontos e de mandos de jogos não é a solução. Está mais que provado que ações como essas não tem se mostrado eficientes e nem eficazes para acabar com a violência e nem com o racismo em nossos estádios. Só servem para contribuir com a impunidade. É preciso que se investiguem os casos a fundo e que os culpados sejam levados à Justiça, para que paguem pelos seus crimes”, declarou o presidente do Santos FC
Repercussão
Odílio Rodrigues disse que o Santos FC recebeu muitas manifestações de apoio ao atleta e ao Clube contra o racismo. “Recebemos uma ligação do senhor Diogo de Sant’Ana (chefe da assessoria especial da Secretaria-Geral da Presidência da República) em nome da Presidente Dilma, convidando o jogador Arouca para comparecer a uma cerimônia em Brasília, na próxima quinta-feira, para participar de uma campanha, junto com o jogador Tinga e com o árbitro Márcio Chagas da Silva. Repassamos o convite ao nosso atleta”, contou o presidente do Santos FC.
O Senador da República Eduardo Suplicy também telefonou para o presidente do Santos FC informando que iria fazer um pronunciamento na Tribuna do Senado repudiando os atos de racismo e que iria encaminhar para o Clube o pronunciamento na íntegra.
“Não podemos deixar que violências como essas caiam no esquecimento, e só voltemos a falar quando aparecem mais casos e vítimas. Está na hora de darmos um basta. Violência e racismo devem ser definitivamente banidos do futebol e da sociedade”, desabafou Odílio Rodrigues.
Confira o documento encaminhado ao Ministério Público:
Deixe um comentário