Muita gente espera o ano inteiro pelo carnaval. Quatro dias de folia para dançar, pular, se divertir, mas que pedem pequenas atitudes que fazem toda a diferença durante e depois da brincadeira. Veja algumas dicas valiosas para não prejudicar a saúde, o bem-estar e não encarar uma amarga Quarta-Feiras de Cinza ou, pior, arrumar uma tremenda dor de cabeça pelo resto do ano:
Dê pausa para o corpo – Folião que é folião dança sem hora para acabar, mas lembre-se que o corpo também precisa de descanso. É recomendado que se faça alguma compensação para noites e madrugadas em claro, dormindo até mais tarde ou mesmo cochilando durante o dia, por exemplo.
Opte por alimentação leve – Antes de cair no samba, melhor evitar gorduras que tornam a digestão mais lenta e causam a sensação de estufamento. Por isso, faça uma refeição ou um lanche reforçado com alimentos ricos em carboidratos (pão, arroz, batata, mandioca, milho, macarrão), para ter bastante energia. Opte por alimentos leves, que favorecem a digestão, e não fique mais do que três horas sem comer. Depois do carnaval, a indicação é uma dieta desintoxicante para limpar e reequilibrar o organismo.
Hidrate-se – Para prevenir a desidratação vale consumir muita água, sucos naturais de frutas, água de coco ou até mesmo bebidas isotônicas, que repõem os eletrólitos como sódio, potássio, magnésio e cloro perdidos. A desidratação pode causar sede, boca seca, tontura, cansaço, irritabilidade e diminuição da urina.
Atenção aos energéticos – Substâncias como o guaraná em pó e as bebidas energéticas são ricas em cafeína e podem trazer riscos à saúde. Se consumidas em excesso, podem atrapalhar o sono na hora do descanso, causar gastrite, sobrecarregar o organismo e até levar à arritmia cardíaca.
Cuide do fígado – Ele é um dos órgãos mais complexos e, entre as mais de 200 funções, atua como um filtro, eliminando o que é tóxico ao organismo. Quando se exagera no consumo de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos, o fígado fica sobrecarregado e precisa de uma desintoxicação. Então, vale incluir na alimentação itens como própolis, abacaxi, maçã, água, gengibre, escarola, rabanete, frutas vermelhas, salmão e azeite.
Use camisinha – Em qualquer época do ano, sexo seguro sempre! Muitas doenças podem ser transmitidas pelo sexo. A contaminação pelo vírus da Aids, da gonorreia, da herpes e da sífilis pode acontecer numa única relação sexual. O uso da camisinha, por si só, já é eficaz para prevenir esses problemas.
Fuja de confusão – Para aproveitar a festa da melhor maneira, com amigos ou mesmo desconhecidos, o grande segredo é evitar desavença e buscar um relacionamento baseado na empatia, ou seja, nunca fazendo nada que não gostaria que fizessem com você. “Se alguém lhe faltar com respeito, não busque revidar, nem dar o troco. Simplesmente vá embora, saia do ambiente que está gerando o conflito”,
orienta o psicólogo José Palcoski.
Amor de carnaval – Quanto aos relacionamentos afetivos, é importante que as regras estabelecidas para os demais dias do ano se repitam no Carnaval, pois uma aventura pode custar o relacionamento de muitos anos, lembra Palcoski. “Quando algo é importante não deve perder a importância por conta de alguma fantasia”.
Cachaça não é água!
No carnaval o consumo de álcool tem uma aceitação social ainda maior e muita gente costuma extrapolar, bebendo em exagero. Além dos danos ao fígado e da inevitável ressaca no dia seguinte, álcool em excesso está atrelado a diversas consequências negativas como sexo desprotegido, acidentes de trânsito e violência.
O folião deve procurar beber com moderação e ter em mente que é de suma importância alimentar-se antes e beber bastante água. Dessa forma, protege o estômago e proporciona uma resistência maior ao álcool.
É mito que banho frio, beber café forte ou movimentar-se bastante funcionam como antídoto para o consumo excessivo de álcool. Só há uma maneira de se restabelecer da embriaguez: esperar que o álcool seja eliminado normalmente pelo processo de metabolização realizado pelo fígado. O organismo demora, em média, de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose de álcool. Além disso, como o álcool por si mesmo induz à desidratação, é essencial reidratar-se.
Se mesmo assim o estrago for feito, encare a ressaca com água de coco, refrigerante de limão, banana, laranja, alimentos ricos em carboidratos (macarrão, pão etc), ovo, espinafre, tomate, atum em lata, grãos integrais. Para não piorar ainda mais, evite chás e cafés, molhos branco e vermelho, queijos amarelos, frituras, leite e carne vermelha.
De olho nos pequenos
Não se deve esquecer que as crianças, principalmente as de pouca idade, não têm noção do perigo e pela sua curiosidade natural podem se perder no meio da multidão. Assim, elas não podem ficar sozinhas. Fique sempre de olho.
Normalmente, as crianças não sabem passar informações para ajudar a encontrar seus responsáveis. Por isso, o ideal é que elas tenham uma identificação, como pulseiras ou etiquetas pregadas na roupa com o nome, endereço e telefone dos pais.
Na praia, mostre para as crianças referências fixas de onde a família está instalada, como uma placa, uma barraca ou um prédio diferenciado.
É recomendável que os pais orientem seus filhos para que eles nunca acompanhem estranhos ou aceitem doces e presentes.
Não é recomendável que crianças carreguem celulares ou câmeras digitais sozinhas para não atrair a ação de criminosos.
A criança deve ser orientada também a reconhecer e buscar ajuda com policiais, casos se sintam perdidas ou assustadas.
Nas praias, caso a criança se perca, é importante buscar ajuda com o salva-vidas ou o Corpo de Bombeiros. Em eventos, shoppings ou parques, procure a administração ou segurança local.
Na maioria dos casos, a prevenção é a melhor solução. Andar de mãos dadas com a criança durante o passeio é uma ótima opção. Desta forma, não é possível perdê-la de vista.
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