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Me engana, que eu gosto!

31/01/2014Da Redação
Me engana, que eu gosto! | Jornal da Orla
A presidente Dilma Rousseff voltou a defender sua política econômica e, em mensagem a ser encaminhada ao Congresso, decidiu fazer um novo apelo em favor do controle de gastos em seu último ano de gestão. Candidata à reeleição, ela pretende passar ao eleitorado a imagem de um governo que adota uma política de austeridade. Afinal, esse deve ser o papel de um governante que tem compromissos com o país.
Mas a vida é feita de exemplos, não de discursos. Além de comandar um governo que gasta muito acima (e mal) do que deveria, Dilma tem sido complacente com a corrupção – os escândalos seguem a rotina de sempre e os gastos superfaturados com a construção de estádios para a Copa do Mundo têm provocado uma onda de protestos no país. São fatos incontestáveis e que têm sido divulgados com frequência pela imprensa nacional e, até, internacional.
Nas viagens internacionais, Dilma também tem adotado atitudes que contrariam seu discurso de austeridade e que eram motivos de críticas quando o PT estava na oposição. Fica nos hotéis mais caros (a última diária, na suíte presidencial, custou mais de R$ 25 mil) e chega a mudar a rota de voo porque a turbulência a incomoda. O estilo lembra o de sheiks do petróleo, causa decepção e irrita os brasileiros que pagam uma das cargas tributárias mais altas do planeta.
Enfim, a presidente, como seu antecessor Lula da Silva, está deslumbrada com o poder, cujas benesses definitivamente fazem parte do seu cotidiano. O que não encaixa é a manutenção do discurso de austeridade e de preocupação com os mais pobres.
Seu padrinho político, Lula da Silva, segue no mesmo estilo. Na quinta-feira, criticou “o jogo rasteiro da calúnia e o baixo nível da internet”. Sim, o mesmo Lula que no passado chamava José Sarney e Paulo Maluf de “ladrões” e hoje são grandes parceiros políticos.
Definitivamente, o Brasil não é um país sério!