Dezoito pessoas morreram e 28 ficaram feridas, quatro delas em estado grave, quando um ônibus que transportava estudantes da Universidade de Mogi das Cruzes para o litoral norte paulista capotou no quilômetro 84, logo após bater em uma rocha. Segundo o Corpo de Bombeiros, no local do acidente morreram 15 pessoas, entre elas o motorista. A décima sexta vítima morreu ao dar entrada no Pronto-Socorro do Hospital de Bertioga.
Os feridos foram encaminhadas para quatro hospitais: Pronto-Socorro de Bertioga (8); Santa Casa de Mogi das Cruzes (4); Pronto Socorro de Boissucanga (4); Hospital de Santo Amaro, no Guarujá (3).
A rodovia ficou interditada até as 7h de hoje (9). Além dos bombeiros, ajudaram no socorro às vítimas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) , do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Trecho tinha pouca iluminação
O trecho da estrada onde o ônibus tombou era de declive e com pouca iluminação, afirmou o delegado Fábio Pierre. Não estava chovendo, mas o veículo foi arrastado violentamente ao tombar, ficando com as rodas para cima e teve toda a parte do teto destruída, inclusive a cabine.”A maioria das vítimas sofreu contusões muito sérias na cabeça”, disse o delegado.
As prefeituras de São Sebastião, Guarujá e a Polícia Civil uniram esforços para que a identificação e a emissão dos atestados de óbitos sejam feitas no mesmo local, acelerando a liberação dos corpos e facilitando o trâmite para as famílias. As vítimas estão sendo reconhecidas pelos parentes por fotos e pelo exame de impressões digitais. A previsão é que todo o processo seja finalizado ainda na tarde de hoje (9).
De acordo com o delegado Fábio Pierre, o ônibus era de fabricação de 2005. Apesar da estrada ser perigosa, o motorista conhecia bem o trajeto que fazia há pelo menos dois anos. Para ele, o acidente pode ter sido decorrência de uma conjunção de fatores, mas só a perícia poderá identificar se houve falha humana, condições adversas na estrada ou mesmo problemas mecânicos.
Neblina
O motorista do ônibus, Antonio Carlos da Silva, de 38 anos, trabalhava na empresa União Litoral Transporte e Turismo há cerca de dois anos. De acordo com informações do irmão da vítima, Anderson da Silva, ele atuava na função há mais de dez anos e havia feito o último contato com a família pouco antes do acidente. “Ele mandou uma mensagem para a esposa avisando que chegaria mais tarde, porque tinha muita neblina na estrada. Provavelmente iria devagar. Foi essa a última mensagem que ele enviou”, comentou o rapaz.
Parte das vítimas já foi identificada
Dos 16 que morreram no local, 12 já foram identificados no IML e liberados. Entre eles estão o motorista Antonio Carlos da Silva, de 38 anos, a estudante de Psicologia Ana Carolina da Cruz Veloso, de 21 anos, os estudantes de Engenharia Damião Nunes Braz dos Santos, 33 anos, Aldo da Silva Carvalho, de 26 anos e Gabriela da Silva Santos Oliveira, de 24 anos, e o estudante Rafael Santos do Carmo, de 18 anos.
Foram confirmadas ainda as mortes de Guilherme Mendonça de Oliveira, de 19 anos, natural de Olinda (PE), da estudante de Engenharia Janaina Oliveira Pinto, de 20 anos, natural de Bituruna (PR), da estudante de Farmácia Sonia Pinheiro de Jesus, de 43 anos, natural de Jequié (BA), Daniel Oliveira Damásio, Maria Maceno de Souza e Daniela Aparecida Mota Dias.
Os corpos de outras duas vítimas, que estavam internadas no Hospital Santo Amaro, também na Cidade, e morreram em decorrência do acidente, devem ser encaminhados para necropsia ainda nesta manhã. Essas duas vítimas fatais tiveram suas identidades divulgas nesta manhã. São elas: Rita de Cássia Alves de Lima e Caroline Mareca.
Velório coletivo
As vítimas do acidente deverão ser veladas em cerimônias coletivas em São Sebastião, município onde residiam. Segundo a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito, após a identificação, os corpos serão levados para locais preparados em Juqueí, Boiçucanga e Barra do Una. “São três lugares para facilitar o acesso dos familiares, da comunidade de São Sebastião”, ressaltou.
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