Notícias

O que nos faz feliz

04/06/2016Da Redação
O que nos faz feliz | Jornal da Orla
Alguma vez nos perguntamos o que nos mantêm felizes e saudáveis ao longo de toda nossa vida? Detemo-nos, em algum momento, para avaliar onde e como vimos empregando nosso tempo, nossos esforços e competências? Serão essas escolhas que fazemos no dia a dia que determinarão a felicidade e saúde em nossa jornada aqui na Terra.
 
A Universidade de Harvard começou, em 1938, um estudo, com um grupo de adolescentes. Essa pesquisa, chamada de “Estudo do Desenvolvimento Adulto”, vem avaliando os participantes, ao longo dos anos. Somam, portanto, mais de 77 anos de acompanhamento dessas pessoas.
 
Ano após ano, foram entrevistadas sobre seu trabalho, vida doméstica, hábitos, saúde, formando-se retratos de vidas inteiras. Sessenta por cento dos pesquisados ainda estavam vivos em 2015, alguns com mais de 90 anos. A pesquisa contemplou dois grupos distintos: O primeiro era formado por estudantes da Universidade de Harvard. E todos concluíram a faculdade durante a Segunda Guerra Mundial. O segundo grupo era integrado por garotos dos bairros mais desfavoráveis de Boston, escolhidos por pertencerem às famílias mais pobres e problemáticas da periferia da cidade, na década de 1930.
 
Os pesquisados se tornaram engenheiros, médicos, advogados, pedreiros, profissionais liberais, operários. Alguns desenvolveram alcoolismo. Uns poucos esquizofrenia. Alguns subiram na escala social, outros fizeram caminho oposto.
 
Quais as grandes lições desse estudo? O que se aprendeu a respeito da vida humana ao longo dessas décadas da pesquisa? 
 
Segundo Robert Waldinger, quarto diretor da pesquisa, os resultados podem ser resumidos na seguinte afirmação: as boas relações nos mantêm mais felizes e mais saudáveis, independentemente do grau de instrução. Assim, podemos concluir que as relações humanas são boas para nós. A solidão, ou a reclusão social, nos aniquila.
Pessoas que cultivam relações mais intensas com a família, com amigos, com a comunidade, são mais felizes, mais saudáveis e vivem mais tempo. Por outro lado, a experiência da solidão acaba por ser tóxica ao indivíduo. Pessoas mais solitárias do que gostariam de ser se descobrem menos felizes, sua saúde deteriora rapidamente na meia-idade e seu funcionamento cerebral diminui mais cedo.
 
Em verdade, não importa quantos amigos tenhamos, mas a qualidade dessas amizades. As pessoas que fizeram parte da pesquisa e que envelheceram com melhor qualidade de vida, foram aquelas que se sentiam mais satisfeitas com suas relações aos 50 anos e que continuavam sendo as mais felizes aos 80 anos.
 
[com base em palestra do Prof. Robert Waldinger e na Redação do Momento Espírita]
 
Somos todos seres sociais. Necessitamos uns dos outros para nos mantermos saudáveis, felizes e realizados.  Por isso, analisemos quanto do nosso dia, da nossa vida, do nosso tempo e energia estamos investindo no próximo, na família, nos amigos, na comunidade. Sair de nós mesmos, preocuparmo-nos com o outro é o que efetivamente nos proporcionará uma velhice tranquila. Somos imediatistas. Queremos investir naquilo que nos dará retorno rápido, visível, como nossa conta bancária ou acréscimo de bens materiais. Porém, somente construindo pontes em relação ao próximo é que efetivamente conquistaremos uma vida feliz.
 
PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE