Merecia um horário melhor o “Conexão Repórter” que o SBT exibe aos domingos após o Silvio Santos – é a melhor atração do canal. Tudo bem que o programa herda a maior audiência da casa, pois começa depois do Silvio Santos. Mas podia ser num outro dia e mais cedo. Acontece que durante a semana a faixa nobre é ocupada pelo Ratinho…
A edição do dia 23 foi intitulada “Arroz, Feijão e Corrupção”, focada no jeitinho brasileiro.
O sempre competente Roberto Cabrini traçou um panorama interessante de como a corrupção e picaretagens em geral estão presentes em nosso dia a dia. Mostrou de casos envolvendo gente graúda, como o esquema PC Farias no governo Collor e a Operação Lava-Jato, a trambiques que o cidadão enfrenta em seu cotidiano, como ser passado para trás em lojas de assistência técnica.
Fraudes envolvendo merenda escolar também entraram no cardápio da vergonha – tema abordado pelo programa no ano passado.
De norte a sul – Falando em escândalos e merenda, este foi o assunto adotado por outro bom jornalístico semana passada: o “Profissão Repórter”, da Globo.
A equipe comandada por Caco Barcellos apresentou crimes em diversos cantos do país, de Roraima a São Paulo, passando pelo Maranhão. Enquanto crianças passam fome e sede estudando em escolas precárias, milhões e milhões são desviados. O que esperar de um país em que a educação é tratada dessa forma?
Exclusiva para todos – O abominável caso do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro obviamente tomou conta dos noticiários no final de semana.
As principais redes correram atrás da moça para entrevistá-la. SBT, Globo e Record exibiram no mesmo dia – domingo – conversas com a vítima da barbárie.
Curiosamente, as três emissoras venderam a entrevista como “exclusiva”. Será que uma não sabia da outra?
A Globo, no “Fantástico” adotou o recurso eletrônico que modifica a voz da pessoa. Ok, importante para preservar a moça – o SBT no “Conexão Repórter” também fez isso – mas a alteração foi tamanha que as vezes ficava difícil entender o que ela dizia.
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