
Dando uma geral nos canais abertos, houve uma freada em investimentos, mas Globo, Record, SBT e Rede TV! seguem suas vidas e mantendo suas programações e até promovendo estreias.
Um caso, porém, chega a ser dramático: o da Band. O que acontece por lá?
Analisando friamente, nos últimos tempos tem sido o canal com o melhor conteúdo, especialmente na faixa noturna. “A Liga”, “Custe o que Custar”, “Master Chef”, “O Mundo Segundo os Brasileiros”, “Os Simpsons”, séries como “The Walking Dead”… Todas atrações recomendáveis.
No entanto, a emissora sofre e apela para cortes, como foi o caso do fim do “CQC”. E recentemente rompeu a parceria com a Globo na transmissão do futebol – um baque gigantesco – alegando falta de verba pelo “agravamento da crise econômica”.
Agora, anuncia a terceirização de suas produções (algo que a Record já faz)
Mas será a crise a única culpada?Ou estaria a direção da Band cometendo erros um atrás do outro?
Já digo há tempos que a emissora não sabe valorizar os bons produtos que têm. Normalmente são exibidos muito tarde, sem a devida promoção. O ocorrido com o “CQC” é o melhor exemplo disso.
Por mais caro que seja o investimento no futebol, como é que a Band não consegue retorno com ele? Se o esporte mais popular do mundo não traz anunciantes, o que traria faturamento então?
Por outro lado, há apostas equivocadas que fizeram muito dinheiro voar pela janela. O que dizer da contratação a peso de ouro do Luiz Bacci, que ficou por alguns meses apresentando um dos piores programas já vistos na telinha?
Constrangimento – Apesar do corte no futebol, decidiu-se por manter no ar o dominical “Terceiro Tempo” (ainda lotado de merchans), comandado por Milton Neves após as partidas das 16 horas.
No horário antes ocupado pelos jogos, entraram “Os Simpsons”.
Chega a ser constrangedor. Os comentaristas, que antes acompanhavam as partidas in loco, ficam agora amontoados no estúdio ao lado do Milton e da apresentadora Larissa Erthal.
Monopólio – Com essa decisão da Band, a Globo fica detentora do monopólio das transmissões de futebol na tevê aberta. Por coincidência, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) está investigando desde março a legalidade da situação, em um processo aberto a pedido de canais concorrentes.
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