No dia 2 de maio de 2015, o belga Eden Hazard marcou o gol do 5º título inglês do Chelsea. Exatamente um ano depois, no mesmo 2 de maio, ainda pelo Chelsea, ele marcou outro gol que tirou dois pontos do Tottenham e também valeu título. Só que dessa vez quem comemorou foi a torcida do pequeno Leicester City que, após 136 anos de fundação, pôde comemorar seu primeiro título nacional.
A façanha do Leicester é a zebra das zebras. Candidato ao rebaixamento e campeão. O roteiro do filme é daqueles bem clichês. Time desacreditado, jogadores desconhecidos e um treinador decadente. Aí o time começa a dar liga, os jogadores descobrem virtudes que nem mesmo sabiam que possuíam e a torcida abraça o clube para o improvável final feliz.
A reviravolta já tinha começado na temporada anterior. Faltando nove rodadas para o desfecho, o Leicester vinha de oito jogos sem vitória e estava fadado à queda. Precisava de um aproveitamento de campeão e… conseguiu! Foram sete vitórias, um empate e uma derrota que garantiram os Foxes nesta edição da Premier League.
No campo, o Leicester joga sabendo das suas limitações, assim como o Atlético de Madrid na Champions League, finalista pela segunda vez em três anos.
O time do técnico italiano Claudio Ranieri tem pouca posse de bola, explora bolas longas e lançamentos e não tem dessa de sair jogando igual ao Barcelona. Se precisar, é chutão pra frente. Só que quando chega no ataque, o time é mortal. Riyad Mahrez e Jamie Vardy, 39 gols juntos, foram cruciais para o título. O segundo tem 29 anos e jogava na 7ª divisão da Inglaterra até os 23.
O elenco não é vasto e o banco não tem grandes alternativas. Um dos motivos do sucesso foi que Ranieri conseguiu, por quase todo o campeonato, repetir a escalação titular. Um 4-4-2 com duas linhas de quatro bem definidas. Lesões e suspensões não prejudicaram o time.
O argelino Mahrez foi eleito o craque do campeonato. O zagueiro capitão Morgan, os volantes Drinkwater e Kanté e o atacante Vardy foram selecionados para o time do ano. É bem verdade que o goleiro Kasper Schmeichel (filho do lendário Peter Schmeichel do Manchester United) e o outro zagueiro, Huth, também podiam fazer parte dos 11 melhores.
Você provavelmente ouviu ou vai escutar que a grana dos direitos de transmissão na Inglaterra é um dos motivos para o feito. Bobagem. A divisão é realmente muito bem feita, poderia ser um modelo para o Brasil, mas não é explicação para o sucesso do Leicester.
O dinheiro ajudou clubes intermediários como Stoke, Southampton e West Ham a contratar jogadores disputados no mercado europeu. Já o elenco do Leicester, no começo da temporada, era o quarto mais barato dos 20 clubes. Estava apenas na frente dos três que subiram da segunda divisão. O site Transfer Market avaliou os jogadores em 61 milhões de libras, bem longe do líder Chelsea, quase sete vezes mais caro.
Receita barata que serve de modelo de ousadia para o resto do mundo e que já entrou na história!
Neste sábado, o Leicester levanta a taça em casa, contra o Everton. Acompanhe os festejos a partir das 13h, na ESPN Brasil.
Poker
Luiz Ricardo Higashi, o Tofu, jogador experiente do circuito paulista, foi o grande campeão da 3ª etapa do BSOP. Realizado em Rio Quente, Goiás, o evento principal reuniu 649 jogadores. Com o título, Tofu faturou R$ 263 mil reais.
Fórmula-1
O finlandês Keke Rosberg foi campeão mundial de Fórmula 1 em 1982, com uma única vitória temporada. O filho dele , o piloto alemão, Nico Rosberg, já ganhou sete provas consecutivas, sem ser campeão da categoria. O canadense Gilles Villeneuve, considerado um espetacular competidor da história, não ganhou nenhum título na F-1. O filho, Jacques Villeneuve, mediano, venceu o campeonato de 1986. Coisas de corrida de carros, em que a máquina ou a tecnologia pode ser mais importante que o talento humano.
Torcida e secação 1
O torcedor do Peixe está confiante para a decisão deste domingo na Vila, do Paulista, contra o Audax. Mas não deixou de secar o Corinthians na quarta-feira. Muita gente gostou de ver o ex-santista André perder um pênalti decisivo. Também circulou muito nas redes sociais a ironia com outro ex-santista, Marquinhos Gabriel. Ele justificou a escolha pelo Corinthians e não pelo Santos para jogar a Libertadores. Jogou mesmo. Mas só trinta minutos no jogo da eliminação.
Torcida e secação 2
Já nas quartas de final da Libertadores, no confronto entre Galo e São Paulo, o torcedor do Peixe está dividido. Alguns secam o rival São Paulo. Outros preferem secar o Galo por causa da dor de cotovelo de ver Robinho que preferiu ir para lá do que voltar outra vez para o Santos.