Coluna Dois

Os números do Santos e as duas preocupações do torcedor

09/04/2016
Os números do Santos e as duas preocupações do torcedor | Jornal da Orla
Para o torcedor, duas preocupações principais. A primeira delas se refere ao fato de esse déficit assombrar o clube pelo segundo ano seguido. Depois de 4 anos das gestões Luís Álvaro e Odílio Rodrigues com arrecadações superiores às despesas, de 2010 a 2013, o clube teve prejuízo de R$ 58 milhões, ainda com Odílio, em 2014, e de R$ 78 milhões agora no primeiro ano de Modesto Roma. 
 
O prejuízo se insere num cenário de R$ 456 milhões se ao déficit do Peixe nestes dois anos forem somados os do Corinthians e do São Paulo.
 
Esses dois anos no vermelho acendem uma luz da mesma cor na Vila Belmiro. A intensidade desse alerta é ainda maior porque se insere num quadro em que o Planejamento Estratégico, ação obrigatória pelo Estatuto do Santos, está relegado pelo atual Comitê de Gestão a um plano secundário. Deveria ser, ao contrário, a principal atribuição dos gestores. Definir o clube que se quer no futuro e planejar as ações necessárias para se chegar a essa meta. O documento enviado no ano passado ao Conselho pelo CG foi devolvido por inconsistência.
 
A segunda preocupação é quanto à reação da direção atual do Santos, presidida por Modesto Roma, diante dos números negativos: responsabilizar a gestão anterior.
 
Ao agir assim quase um ano e meio depois da posse, a gestão de Modesto Roma faz o torcedor se lembrar de políticos com gestões desastrosas que responsabilizavam os antecessores pelos problemas que não resolviam: Lula, que conduziu o país à crise atual sempre reclamando da tal “herança maldita” que dizia ter recebido de FHC, e Bili, o prefeito de São Vicente, que apontava a sombra de Tércio Garcia em todas as mazelas que nunca conseguiu enfrentar.

Pífio
O aproveitamento dos clubes brasileiros fora de casa na Libertadores escancara os problemas do nosso futebol. Após 13 jogos, a parcela dos pontos conquistados é de apenas 33%. Foram 13 jogos, com só duas vitórias, sete empates e quatro derrotas. Os duelos misturam adversários complicados como River Plate, Toluca e Rosário Central, mas também há tropeços para times secundários como o River Plate genérico, do Uruguai, Trujillanos e Independiente del Valle. Não é à toa que o futebol brasileiro não emplacou nenhum finalista na competição nos últimos dois anos.
 
Quem para?
Aos 28 anos, o sérvio Novak Djokovic vive o auge de sua carreira. No último final de semana, o tenista derrotou o japonês Kei Nishikori para conquistar o título de Indian Wells. De quebra, bateu dois recordes: superou o espanhol Rafael Nadal e agora é o maior detentor de títulos de Masters 1000, com 28, e passou Roger Federer em premiações, ultrapassando US$ 98 milhões na carreira.

Vetos
Uma das principais notícias da semana foi a tentativa da CBF de contratar o técnico Tite para substituir Dunga, antes da Copa América. O corintiano rejeitou, por não querer abandonar o clube no meio da Libertadores. A insistência da Confederação em ter o técnico é tão grande que fez os dirigentes negarem um contato feito por empresários para colocar Jorge Sampaoli, ex-treinador do Chile, no comando da Seleção. Sampaoli, que reergueu o futebol chileno, foi recusado porque a direção acha melhor ter Dunga enquanto não pode contar com Tite. O atual comandante já sabe de um desfalque certo para a competição sul-americana: Neymar, que foi liberado pelo Barcelona apenas para disputar os Jogos Olímpicos. Dias contados?
 
Vale muito
A última rodada da primeira fase do Paulistão promete. Os 10 jogos valem alguma coisa, seja briga para não cair, classificação ou liderança de grupo. O São Paulo vai poupar boa parte dos titulares contra o São Bento, fora de casa. O Santos também joga com time misto, contra o Audax, na Vila Belmiro. O Corinthians recebe o Novorizontino e o Palmeiras joga a vida contra o Mogi Mirim, que briga para não cair, fora de casa. Todos os jogos acontecem domingo, às 16h.
 
Disparou
O terceiro título mundial de surfe para o Brasil parece estar um pouco distante. Após duas etapas realizadas, o australiano Matt Wilkinson segue imbatível. Wilko conquistou ambos os títulos, em Gold Coast e Bells Beach e disparou na ponta do ranking. Ele tem mais que o dobro de pontos do segundo colocado, o americano Conner Coffin. O melhor brasileiro do ranking é o potiguar Ítalo Ferreira, em 5º lugar. A terceira etapa, em Margaret River, fecha o minicircuito na Austrália e já está em andamento. Você pode acompanhar ao vivo no site oficial da World Surf League. 
 
Casuísmo na F-1
A Federação Internacional de Automobilismo cede às pressões das equipes e altera com o campeonato em andamento o sistemas de classificação para as provas. Volta o sistema antigo.