Tem razão o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luis Roberto Barroso, ao se lamentar sobre a atual situação do país: “Meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder?”. O ministro referia-se à foto publicada nos jornais no momento em que o PMDB anunciava a sua saída do governo. Nada menos do que três líderes do partido estão sendo investigados na Operação Lava Jato. São suspeitos de receber verdadeiras fortunas no esquema de roubalheira implantado na Petrobras pelo atual governo. São cúmplices e beneficiários da roubalheira e agora fingem não ter nada a ver com tudo isso. É um escárnio.
O Partido dos Trabalhadores, que hoje comanda o país, mais parece um sindicato do crime do que uma agremiação política. Alguns dos seus principais dirigentes estão na cadeia, por corrupção, seu marqueteiro anterior, Duda Mendonça, admitiu ter recebido dinheiro por fora para não ser preso, e o atual, João Santana, encontra-se na cadeia junto com sua bela esposa e sócia. Enfim, o PT é uma espécie de Midas ao contrário e, onde põe a mão, cheira mal.
Com um discurso de defesa dos pobres e oprimidos, Lula da Silva chegou ao poder e amealhou uma fortuna pessoal, deixando ricos também seus filhos e amiguinhos. Apesar de ter se transformado em um estafeta das empreiteiras, Lula ainda tem seus seguidores, mas sua reputação está em frangalhos em nível nacional e internacional. O risco de ir para a cadeia é grande. Mesmo que escape, Lula já perdeu o que um homem de caráter mais deveria prezar: o respeito dos cidadãos de seu país.
Mas, justiça seja feita, o PT não roubou sozinho e as investigações da Lava Jato revelam que ladrões do erário estão em quase todos os partidos. O que se vê com clareza é que o atual sistema político brasileiro apodreceu. Execrar apenas o PT, portanto, será pura hipocrisia e um processo de autoengano, similar ao vivido pela presidente (?) Dilma Rousseff.
O Brasil precisa de uma profunda reforma política, que inclui uma nova Constituição, e eleições gerais para presidente, deputados e senadores. Seria o caminho sensato, pois nem o governo, nem o Congresso, comandado por dois vigaristas da política, têm mais um pingo de credibilidade.
Deixe um comentário