De norte a sul do país, o artesanato brasileiro tem características diferenciadas, cada qual com a influência de suas comunidades locais e matéria-prima disponível na região. Com a venda de suas peças para os turistas, os artesãos movimentam a economia local, geram emprego e renda. E qual viajante não gosta de levar lembrancinhas na volta do passeio, não é mesmo?
Norte – O artesanato tem forte influência indígena, com uso de palha, fibras de açaí e penas de animais. No Pará, destaque para a cerâmica Marajoara, produzida na Ilha de Marajó e que encanta com variadas formas e padrões de decoração. No Tocantins, o rei é o capim dourado do Jalapão que se transforma em cestos, bolsas, brincos e chapéus.
Nordeste – Seu riquíssimo artesanato produzido pelas rendeiras que fazem a renda de bilro, a renascença, o filé, o labirinto, ponto de cruz e o richelieu encantam os turistas. Também merecem destaque as xilogravuras de Jorge Luis Borges em Pernambuco, as garrafinhas com areias coloridas no Ceará e no Rio Grande do Norte e os bonecos de barro do mestre Vitalino, em Caruaru.
Centro Oeste – O cerrado é o protagonista do artesanato produzido na região. Usam-se muitas flores secas e sementes para a produção de bandejas e enfeites de casa. Próximo ao Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a influência indígena também está presente nas cerâmicas, no artesanato em madeira, cipó e fibra de tucumã.
Sudeste – Em Minas Gerais, o artesanato é representado pela pedra sabão em objetos de cozinha, pelas cerâmicas produzidas em Jequitinhonha e as carrancas que afastam maus espíritos nos barcos do Rio São Francisco. As panelas de barro do Espírito Santo são Patrimônio Cultural.
Sul – As cuias de beber chimarrão de influência indígena são muito comuns. As malhas de tricô para aplacar o frio e os produtos feitos em couro também fazem parte da cultura local. Em Santa Catarina, o artesanato da palha do trigo e a renda de bilro também são típicos.