O juiz Sérgio Moro decretou sigilo dos autos que contêm as planilhas de pagamentos da Construtora Odebrecht para cerca de 200 políticos, governadores, prefeitos, senadores, deputados, de diversos partidos políticos e remeteu os autos para o STF (Supremo Tribunal Federal), já que dezenas dos citados possuem imunidade parlamentar e só podem ser investigados pela mais alta Corte do país.
Doação legal ou propina?
A maioria dos citados, quatro da Baixada Santista, afirma que o dinheiro recebido é referente a doações para as campanhas eleitorais. Caberá ao STF decidir, caso a caso, se foram doações legais ou propina, o que significa que teremos um longo caminho pela frente.
A lista com os nomes dos políticos foi apreendida na residência de Benedito Barbosa da Silva, durante a Operação Acarajé, e divulgada nesta quarta-feira (23) nos sites dos principais veículos de comunicação do país.
Tão logo informado da divulgação da lista, o juiz Sérgio Moro decretou o sigilo sobre os autos e determinou seu encaminhamento ao STF. Segundo Moro, é prematura a conclusão “quanto à natureza desses pagamentos”.
STF decide futuro de Lula
O ministro do STF, Teori Zavascki, determinou que o juiz Sérgio Moro envie toda a investigação que envolve o nome do ex-presidente Lula para o STF e decretou sigilo sobre todas as conversas telefônicas que envolvem a presidente Dilma Rousseff. A decisão de Teori Zavascki atende a um pedido do governo, para quem o juiz Sérgio Moro atropelou a lei e colocou em risco a soberania nacional ao divulgar as conversas da presidente com Lula.
Redes sociais
A decisão de Zavascki provocou uma enxurrada de manifestações nas redes sociais: os petistas elogiaram a iniciativa do ministro, enquanto os que defendem o impeachment da presidente e a prisão de Lula o atacaram duramente.
Deixe um comentário