Em menos de um mês recomeçaram as aulas e com elas pode surgir um problema classificado como transtorno de ansiedade, mas na maioria das vezes tratado na brincadeira ou como manifestação de preguiça. É a fobia escolar, compreendida como um medo exagerado e injustificado que a criança ou adolescente sente em ir à escola.
“A fobia escolar pode desencadear outros medos, evasão escolar, repetências, ausência de socialização com os colegas e baixa autoestima. Se não percebida e tratada pode oferecer prejuízos para o decorrer da vida toda”, explica a psicóloga Regiane Rocha da Silva, da Clínica Maia.
Entre os fatores que podem desencadear a fobia estão a predisposição genética, estressores familiares, bullying, transtornos de aprendizagem, mau desempenho escolar ou mesmo mudança de escola.
Sintomas – A especialista afirma que, muitas vezes, os sintomas da fobia escolar começam dentro de casa, antes de ir à escola ou no trajeto dela. Os mais frequentes são dor de barriga ao acordar, mal-estar como vômitos, náuseas, diarreias e dores de cabeça, crise de choro quando se aproxima a hora de ir à escola, suores ou tremores, recusa por meio de desculpas infundadas, voltar a fazer xixi na cama, ter insônias ou pesadelos e dificuldade em ficar sozinho.
Tratamento – A terapia cognitivo comportamental é indicada por Regiane como uma das formas de tratamento que traz bons resultados. “Com as técnicas desta abordagem, a criança aprenderá a mudar os pensamentos que geram essa intensa resposta emocional, agindo assim de forma mais realista frente às suas dificuldades”, diz. Em alguns casos, segundo ela, também se faz necessário o tratamento medicamentoso, por isso o acompanhamento psiquiátrico é importante, pois o profissional saberá prescrever a medicação mais adequada para cada caso.
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