O ministro da Saúde, Marcelo Castro, participou nesta sexta-feira (15), em Santos (SP), da inauguração da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) do município, a UPA Central de Santos, que irá permitir a ampliação, em 30%, do atendimento à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade, de porte III, tem capacidade para atender, em média, 600 pacientes por dia, beneficiando mais de 400 mil pessoas. A UPA substitui o atendimento que antes era realizado pelo Pronto Socorro Central de Santos, que tinha capacidade para 450 pacientes por dia e está sendo desativado.
 

A unidade conta com 20 leitos (quatro infantis, 10 adultos, quatro de emergência e dois de curta duração) e 19 salas (consultórios de clínica médica, pediatria e odontológico, salas de medicação, de gesso, de Raio-X, de curativo e de inalação, entre outras). Após habilitada, a União repassará R$ 500 mil por mês ao município para custeio da unidade. Com a nova estrutura, será incrementado o atendimento pediátrico e o serviço de ultrassonografia para emergência.
 

“O SUS só consegue funcionar bem quando há sinergia e harmonia entre os poderes públicos federal, estaduais e municipais. Aqui em Santos temos um ingrediente especial, que é a participação da sociedade por meio da Fundação Lusíada”, disse o ministro durante a inauguração. No local, funcionarão as aulas práticas do curso de Medicina da Fundação Lusíada (2º andar, 3º andar e cobertura), beneficiando os alunos com ênfase no atendimento em urgência e emergência. Serão cedidos à Prefeitura o subsolo, o térreo e o 1º andar, pavimentos onde a UPA vai prestar atendimento à população. O edifício possui 5.340,12m².
 

Urgência e emergência

As UPAs 24h estão reorganizando a atenção às urgências e emergências no Sistema Único de Saúde (SUS). A estratégia de atendimento está diretamente relacionada ao trabalho do Serviço Móvel de Urgência (SAMU 192), que organiza o fluxo de atendimento e encaminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. As UPAs atendem problemas de saúde como hipertensão arterial, febres, cortes e alguns traumas. Nas unidades, os pacientes são avaliados de acordo com uma classificação de risco, podendo ser liberados, permanecer em observação por até 24 horas ou, se necessário, ser removidos para um hospital de referência.
 

Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as unidades têm capacidade para atender, sem necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar, mais de 90% dos pacientes. Atualmente há 429 UPAs 24h em funcionamento no país, 96 delas no estado de São Paulo.