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Anafilaxia

28/12/2015Da Redação
Anafilaxia | Jornal da Orla
A anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade ou de alergia extrema. Pode ocorrer poucos minutos depois ou após horas de contato com o agente desencadeante, os quais podem ser alimentos, medicamentos ou veneno de insetos (abelhas, vespas, marimbondos e formigas). Também pode ser causada por látex, exercício ou frio. É uma reação que pode envolver pele e mucosas, sistema respiratório, trato gastrointestinal, sistemas cardiovascular e nervoso.

Os dados sobre o risco de anafilaxia são bem variáveis, mas giram em torno de 1% da população. Porém, acredita-se que esteja aumentando no mundo, provavelmente devido à exposição causada pela vida moderna e industrializada. A gravidade vai de leve à alta, incluindo-se a possibilidade de morte. Quanto mais imediata for a reação após o contato com o agente, pior o prognóstico. Mas, quanto mais rápido for o atendimento, menor o risco de morte.

Os sintomas da anafilaxia variam e incluem prurido e edema, dificuldades respiratórias, palpitação e perda de consciência. Considerara-se os jovens mais suscetíveis à anafilaxia por não se restringirem aos alimentos que sabidamente lhe provocam a reação. Para que ocorra a anafilaxia, não são necessárias grandes quantidades, basta entrar em contato com resíduos para que ela ocorra.

O medicamento de escolha é a epinefrina ou adrenalina que promove melhoria tanto no sistema respiratório quanto no cardiocirculatório. No mercado internacional existe uma “caneta” (semelhante à usada em diabetes) para a autoadministração. Tão logo o indivíduo sinta os sintomas do choque anafilático, deveria aplicar o medicamento, por exemplo, na coxa pela via intramuscular. No Brasil, o produto ainda não está autorizado, pela Anvisa, para a comercialização. 

O acesso imediato à epinefrina ajuda a salvar vidas, mas considera-se muito importante a educação em saúde sobre o tema, tanto para o indivíduo suscetível quanto para os familiares, professores e cuidadores. Eventualmente, uma segunda dose seja necessária. Assim, o indivíduo que necessite da medicação deveria portá-las o tempo todo, em locais de fácil acesso e de conhecimento de outras pessoas instruídas sobre como aplicá-la. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia mantém uma abaixo-assinado solicitando a autorização para a comercialização no Brasil, a qual já foi  negada uma vez. 

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.