Com os dias quentes e as aglomerações típicas da época, o Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, já registra aumenta no número de casos de conjuntivite viral. Por semana, são 40 pacientes atendidos com os sintomas clássicos da doença, olhos vermelhos, irritados e com secreção. A transmissão se dá pelo contato com pessoas infectadas, em banhos de mar e de piscina e até num aperto de mão.
“Estamos na época de grandes aglomerações de pessoas nas praias, clubes e shoppings, aumentando o risco de propagação da conjuntivite caracterizada pela inflamação da conjuntiva – membrana que reveste o globo ocular e o interior das pálpebras”, explica o professor doutor em Oftalmologia, Marcello Colombo Barboza, também diretor do Hospital Oftalmológico Visão Laser.
Cuidados simples, no entanto, se mostram eficientes na prevenção. Os principais são: lavar bem as mãos, não coçar os olhos e não ter contato com pessoas infectadas. Em geral, a conjuntivite ataca os dois olhos e dura de uma semana a quinze dias.
Não costuma deixar sequelas, porém, recomenda-se procurar um especialista para diagnosticar o tipo de conjuntivite, que pode ser viral, bacterial, química e alérgica. Ao apresentar os sintomas, a recomendação dos especialistas é procurar um oftalmologista, separar objetos de uso pessoal, como toalhas e fronhas, e, em hipótese alguma, automedicar-se.
Conjuntivite tóxica
No verão também aumenta a incidência da conjuntivite tóxica causada pelo contato dos olhos com protetor solar ou bronzeador. O problema ocorre porque a transpiração acaba levando o produto diretamente ao olho. “Como o Ph (nível de acidez do protetor) é diferente do Ph do olho, pode ocorrer a conjuntivite tóxica devido a essa diferença”, explica Colombo Barboza. Diferente da viral, a conjuntive tóxica não passa para outros indivíduos.
A orientação dos médicos é lavar os olhos com bastante água mineral ou soro fisiológico, além de suspender o uso de produto momentaneamente. Se a irritação e a vermelhidão permanecerem, é sinal de que a pessoa deve procurar um atendimento médico. “Não se deve fazer uso de colírios sem prescrição do especialista. Isso pode complicar a situação que, a princípio, é simples de resolver”, diz o especialissta.
Para evitar o contato do protetor com os olhos, o ideal é não aplicá-lo na área entre a linha da sombrancelha e o ossinho abaixo dos olhos. Usar chapéus, bandanas na testa e óculos de sol também ajuda. As dicas valem ainda para os esportistas que praticam atividades físicas ao ar livre.
Cloro e piscina
Outra ocorrência bastante comum no verão é a irritação dos olhos pelo contato do cloro presente na água da piscina e com a água do mar. ” Em geral, as crianças são as mais afetadas, já que adoram brincar na água”.
Segundo o médico, não é algo grave, mas merece atenção dos pais e responsáveis. A irritação deve desaparecer em algumas horas depois de um dia de praia ou piscina. Recomenda-se lavar os olhos com soro fisiológico, após o banho. Se os sintomas persistirem, o ideal é procurar um oftalmologista.
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