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Tumor da próstata

30/11/2015Da Redação
Tumor da próstata | Jornal da Orla
Outubro rosa. Novembro azul. As campanhas da saúde são importantes para se discutir temas relevantes. O câncer da próstata é um deles. Estima-se que ocorram cerca de 70.000 casos novos ao ano, sendo o segundo tipo mais comum em homens. O primeiro é o de pele. É mais prevalente a partir dos 65 anos de idade e pode comportar-se de forma agressiva, crescendo rapidamente, ou acompanhar o resto da vida do homem, sem muitos sinais. Dados estatísticos demonstram causar mais de 13.000 mortes ao ano, no Brasil. 

A próstata é uma glândula localizada na base da bexiga responsável pela produção do esperma. Com o envelhecimento, a próstata irá crescer, naturalmente, sem se tornar câncer, em 90% dos homens. Essa condição de hiperplasia benigna irá alterar o padrão de micção do homem, sendo considerado o pior problema. Poderá haver aumento da frequência, inclusive a noite, dificuldade para iniciar a micção, intermitência ao urinar, etc.

Seja para diagnosticar câncer ou a hiperplasia, o médico avalia o tamanho da próstata, ao introduzir um dedo no ânus, e pelo teste de PSA, o qual identifica uma substância produzida por esse tipo de câncer, circulante no sangue. Quando alterados, são solicitados mais exames e, ao diagnosticar câncer, a cirurgia é opção mais comum, associada ou não ao tratamento com hormônios. A hiperplasia benigna, condição de crescimento natural, é tratada, mais comumente, com substâncias (finasterida, dutasterida) que antagonizam a atividade da testosterona, hormônio masculino, para o controle do crescimento da glândula.

Há uma discussão corrente sobre qual seria o momento adequado para iniciar-se a terapia da hiperplasia benigna da próstata. Enquanto alguns consideram iniciar imediatamente o tratamento, após a constatação do aumento do tamanho da próstata, outros a indicam apenas quando a sintomatologia compromete a qualidade de vida do homem.

Isso, porque a testosterona é, em princípio, a responsável pela atividade do órgão, bem como a causa dessa hiperplasia. Esses medicamentos, que diminuem a atividade do hormônio masculino, podem causar a diminuição do desejo sexual e a condição de orgasmo. Essas substâncias também podem ser usadas no controle da alopecia.

É sabido que a vida saudável diminui os riscos de câncer de próstata. Atividade física e ingestão de frutas e legumes são importantes. Há estudos demonstrando que o licopeno, presente nos tomates, e alfacaroteno, em legumes alaranjados ou avermelhados, como na cenoura, trazem benefícios preventivos contra o câncer de próstata, mas não são capazes de curar a doença. Há indícios que o consumo regular de vitamina D e de selênio também são capazes de reduzir a incidência do câncer.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.