Parece incrível, mas 4 anos se passaram. Foram 1.460 dias de trabalho ininterruptos, 24 horas no ar, transmitindo pela internet, com uma programação diariamente renovada, com o melhor do Jazz, Bossa Nova, Instrumental Brasileiro, MPB e o Blues. Em 11/11/11, precisamente às 11h11, a Rádio Jornal da Orla/Digital Jazz estreou, numa ousada parceria, que sempre teve como objetivo levar a música de qualidade a um maior número de pessoas, de forma democrática e sem nenhum tipo de restrição.
A cada dia uma nova programação, com dias e noites vividos sem rotina, com muita pesquisa e acima de tudo um grande prazer de levar até você uma seleção musical que possa lhe fazer companhia. Em qualquer lugar deste planeta.
A rotina da rádio começa bem cedo, com uma média de 3 a 4 horas de trabalho para elaborar a programação de 24 horas e para baixar as músicas do meu acervo físico de mais de 8.000 CDs, que, aos poucos, vão sendo incorporados ao acervo da rádio.
Um trabalho silencioso, solitário, que ninguém vê ou imagina, mas que continua sendo, para mim, extremamente prazeroso e gratificante.
A rádio pode ser sintonizada através da internet, através dos portais do Jornal da Orla – www.jornaldaorla.com.br ou da Digital Jazz – www.digitaljazz.com.br, que, inclusive, atingiu a marca expressiva de 8.000 visitas por mês.
O acervo musical da rádio também continua crescendo diariamente e já conta com mais de 35.000 músicas, marca que poucas rádios no mundo conseguiram atingir. Sem dúvida, isso é o grande diferencial do veículo, garantindo sempre uma programação inédita e qualificada.
Outro ponto importante de informação é a coluna da Rádio Jornal da Orla/Digital Jazz, publicada todas as semanas na edição do final de semana do Jornal da Orla, hoje atingindo a marca de 230 publicações, destacando vários assuntos musicais e os grandes lançamentos destes gêneros mais elaborados. E para comemorar o quarto aniversário da rádio em grande estilo, no dia 12/11, quinta-feira, das 20h00 às 23h00, vamos estrear o Projeto “Ferro Carril Cultural”, com o show do trio da cantora Eliza Martins, apresentando um repertório especial dos grandes clássicos do Jazz e da Bossa Nova. Ao seu lado, estarão os músicos Mauricio Fernandes nos saxofones e Nei Rocha no violão.
Os ingressos são limitados e as reservas estão disponíveis no Ferro Carril Parrilla & Vino, um dos mais bonitos e simpáticos restaurantes da cidade, que está localizado na Rua Dr. Tolentino Filgueiras, 55, no coração do bairro do Gonzaga e com o telefone (13) 3327-6009. Sigo firme a minha missão e todos os dias agradeço por tantas coisas boas e pelos bons amigos musicais que fiz nesta trajetória cultural de mais de 30 anos de trabalho. Os parabéns e agradecimentos são dedicados a você, que nos acompanha diariamente na rádio ou semanalmente aqui na coluna e que é a verdadeira razão da minha existência.
Viva o Jazz, a Bossa Nova, o Instrumental Brasileiro, a MPB e o Blues. Viva a música, que tem o raro poder de aproximar as pessoas !!!
Steve Tyrell – “Live At Café Carlyle”
O produtor, compositor e cantor Steve Tyrell sempre teve uma forte ligação com a música. Esteve nos bastidores como produtor, ao lado de Burt Bacharach, Dionne Warwick, B.J. Tomas, entre outros artistas importantes da cena musical. Apenas no ano de 1999 se lançou como cantor e logo se tornou uma agradável surpresa, chegando ao topo das paradas de Jazz.
E não poderia ser diferente, já que ele conhecia a música como poucos e também a natureza havia lhe presenteado com um timbre de voz muito bonito e marcante. Sua interpretação, principalmente nas baladas românticas, mostra o nível bastante elevado de seu talento, e sua elegante presença de palco é outra marca importante.
Nos últimos anos tem ocupado a vaga do lendário cantor e pianista Bobby Short, que durante 36 anos se apresentou no mítico Café Carlyle de Nova York, numa temporada muito tradicional e concorrida, que acontece todos os anos, que começa no final do mês de novembro, passando pelo Natal e indo até o Ano Novo.
Este CD, lançado com tiragem limitada, foi gravado nas noites de 29 e 30 de dezembro de 2007 e contou com as participações de Kevin Winard na bateria, Ed Howard no contrabaixo, Steve Cooter na guitarra, Jon Allen nos teclados, Quinn Johnson no piano, Lou Marini no saxofone e flauta e Lew Soloff no trompete e flugelhorn.
Das 15 faixas do CD, destaco “I’ve Got The World On A String”, “I’ve Got You Under My Skin”, “The Sunny Side Of The Street”, “It Had To Be You”, “This Guy’s In Love With You”, “The Way You Look Tonight” e “Georgia On My Mind”.
Se você tem viagem programada para Nova York, neste final de ano, fica a dica para assistir a esta temporada musical, que já se tornou referência na cena do Jazz e que apresenta um dos cantores mais importantes da atualidade. Eu recomendo.
George Benson – “Breezin”
Este disco foi realmente o divisor de águas na carreira do guitarrista e cantor George Benson. Sua trajetória musical pode ser dividida em dois períodos: um antes e outro depois do lançamento de Breezin’. Marcou sua estreia no Selo Warner Bros, no ano de 1976, e lhe rendeu fama e merecida popularidade.
Além do seu primeiro Grammy e também o tão almejado “Top 10” da Billboard, nas categorias Jazz, Pop e R&B, e um álbum de platina. Não é preciso dizer mais nada.
O álbum contou com a produção do competente Tommy Lipuma e teve os arranjos assinados por Claus Ogerman, além de uma superbanda composta pelos pianistas Jorge Dalto e Ronnie Foster, o guitarrista Phil Upchurch, o contrabaixista Stanley Banks, o percussionista Ralph Macdonald e o baterista Harvey Mason.
Os temas “This Masquerade”, em que ele pode soltar sua voz, e o tema instrumental “Breezin'” estouraram nas paradas e destaco também os belos temas “Affirmation”, “So This Love” e “Lady”.
No ano de 2001, foi lançada uma edição comemorativa dos 25 anos do disco que trouxe três faixas bônus. Agradável surpresa ouvir o tema “Down Here On The Ground”, numa versão feita em estúdio de mais de seis minutos. Simplesmente sensacional.
Os mais radicais afirmam que Benson, neste momento da sua carreira, se afastou do Jazz, procurando uma vertente mais comercial.
É inegável que esta escolha lhe trouxe mais opções para sua música. Ele pode mostrar todo seu raro talento tocando guitarra e por vezes cantando, vindo a se tornar um astro da música.
George Benson é, para mim, o maior e melhor guitarrista em atividade no planeta.