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Fisioterapia: a ciência que devolve qualidade de vida

24/10/2015Da Redação
Fisioterapia: a ciência que devolve qualidade de vida | Jornal da Orla
Quem já precisou fazer (e põe gente nesta conta) fisioterapia, sabe que é um processo que exige paciência, persistência e determinação para recuperar as funções perdidas ou prejudicadas no corpo. Por ser um tratamento de evolução lenta, na maioria dos casos, muitos pacientes acabam desistindo pelo caminho assim que percebem alguma melhora. E é aí que mora o perigo. “Em casos de abandono, a recidiva da lesão é muito grande, ela fica crônica, muito mais difícil de tratar”, alerta o fisioterapeuta Wellington Cabral de Morais, da Fisioterapia Santa Catarina. 

A fisioterapia é a ciência da saúde que atua tanto na prevenção como na reabilitação da capacidade física e funcionalidade das pessoas. O tratamento é indicado para os mais variados casos e, segundo Wellington Morais, os resultados dependem da idade, da gravidade da lesão e comprometimento do paciente.
 
Lesão é que determina o tempo de tratamento
Algumas lesões, como pós-operatório por trauma (comum em acidentes de moto) podem exigir até um ano de tratamento. Ruptura do ligamento, cruzamento anterior (risco principalmente para jogadores de futebol de final de semana), lesão de menisco, reconstrução do manguito (ombro) também são processos demorados. Já as lesões que atingem nervos periféricos, dependendo da gravidade, podem deixar sequelas irreversíveis.

Em sua clínica, Wellington realiza uma média de 210 atendimentos por dia. “Pela dinâmica que empregamos, a ausência é de menos de 10% dos pacientes marcados”, diz. Para ele, os aparelhos atuam como coadjuvantes no tratamento. “As terapias manuais, que são manobras para liberar as musculaturas e movimentos, são as que mais garantem bons resultados”.

 
Casos mais frequentes em cada fase da vida
Criança – Normalmente a fisioterapia é aplicada devido à fratura ou entorse, principalmente do tornozelo.

Jovens – Lesões causadas pela prática de esportes e na academia (coluna, ombro e joelho são as partes mais afetadas). “O movimento incorreto feito repetidamente causa lesão. A carga excessiva também. O educador físico tem obrigação de orientar o aluno, a academia não pode funcionar com aluguel de espaço”, adverte o fisioterapeuta.

Idosos – Lombalgias, artrose e artrite. “Artrose e artrite são doenças crônicas, sem cura, mas a fisioterapia diminui os sintomas de dor e inflamação. Nesses casos, é muito importante a parceria com o médico”.
 
Atividade física sim, mas com orientação
Praticar atividade física é sempre recomendado, desde que sob orientação. “É preciso que a pessoa tenha bom senso e respeite o próprio corpo para que a atividade resulte em saúde. O futebol de fim de semana, por exemplo, pode causar lesão muscular, ruptura do ligamento, sobrecarga cardíaca e outros danos à saúde. Antes de começar, deve-se procurar o médico”, orienta Wellington. Ele ressalta que todas as pessoas que praticam atividade física regular conseguem postergar o aparecimento de lesões crônicas. 
 
Adesão ao tratamento
Para ele, o papel do profissional também é fundamental na adesão ao tratamento. “É necessário, por parte dos fisioterapeutas, tratar com atenção cada caso apresentado, para que o paciente se sinta ouvido e cuidado. Somos agentes de saúde, temos obrigação de informar o paciente, explicar o que vai acontecer e o quanto tempo vai demorar. Tudo tem que estar bem claro”, afirma.

Wellington, que é especializado em joelho e ombro, conta que o fisioterapeuta tem autonomia para estabelecer a conduta. “Compete a ele criar uma dinâmica e ir modulando o tratamento conforme a evolução do quadro. Se o paciente fizer sempre a mesma coisa pode não sentir melhora e acabar desistindo. Quanto mais intensivo for o tratamento, melhor. Em casa, pode fazer exercícios de alongamento, fortalecimento, treinar a pisada”, sugere.
 
Serviço – A Clinica de Fisioterapia Santa Catarina fica na Avenida Almirante Cóchrane (Canal 5), nº 58, tel. 3273-9820 e 2138-4348, whatsapp 981673096.