A Reorganização Curricular considera redimensionar os ciclos de ensino, em escolas com menos segmentos e com foco maior por faixa etária, o que aumentaria o rendimento escolar; diminuiriam conflitos entre alunos de idades diferentes, além de maior fixação dos professores nas escolas, com menos deslocamento entre unidades de ensino, entre outros aspectos.
Porém, de acordo com pais e educadores, a medida não foi bem planejada e está sendo imposta de forma arbitrária, já que não houve consulta prévia aos pais, alunos e professores durante a elaboração da mesma, nem informação sobre os impactos que esta mudança causará.
O Grupo Especial de Educação do MPE, pediu que a Secretaria de Estado da Educação esclareça os benefícios a curto, médio e longo prazo; informe como se dará a escolha das escolas que passarão a ter apenas um ciclo de ensino; se houve consulta às entidades de classe, conselhos de escola e grêmios estudantis; se foram feitas análises prévias para que alunos não sejam enviados para locais muito distantes e para que não haja superlotação de salas.
O Núcleo Especializado em Infância e Juventude da Defensoria Pública solicitou informações sobre a metodologia que será aplicada e explicações sobre como será feita e colocada em prática a organização, além de estudos ou pesquisas que eventualmente tenham sido feitos para justificar as mudanças.
Convido a todos à refletirem acerca dessa “reforma” no Sistema Educacional. É essencial que os pais se organizem no intuito de alcançar tutela coletiva do Estado em relação à questão. A OAB Santos, junto com sua Comissão da Criança e Adolescente, está atenta e acompanha esta discussão.
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