O Santos se transformou num time caseiro? Se o futebol se resumisse à matemática, a tese seria facilmente demonstrável.
Como mandante, o Santos brilha. Tem a segunda melhor campanha do Campeonato Brasileiro. Com 82,05% de aproveitamento, está atrás só do Corinthians. Como visitante, entretanto, a carruagem se transforma em abóbora. O Peixe fica na zona do rebaixamento. Está com a 18ª campanha conquistando míseros 17,05% dos pontos. Atrás, só Joinville e Chapecoense.
Na temporada, o Santos alcançou o topo do ranking dos mandantes na vitória na Vila na Copa do Brasil contra o Corinthians. 84,7% dos pontos. Naquele momento, tinha o pior retrospecto de visitante no ano entre os 20 da Série A: 13, 3%.
Para confirmar esse brilho, o Peixe disputou 5 clássicos neste ano na Vila. Venceu os 5. Impressionantes 100%.
Essa luz vermelha de time caseiro se acendeu novamente depois das derrotas fora para Ponte Preta e Corinthians e da belíssima vitória em casa diante do Atlético-MG. É verdade que, nesta quarta, o Peixe venceu o Figueirense fora pela Copa do Brasil.
Os corneteiros lembram que o time de 2010 de Neymar e Ganso, comandado por Dorival Junior, também tinha essa marca caseira. Tanto que conquistou a Copa do Brasil com derrotas fora de casa nas fases decisivas para Grêmio e Atlético-MG e também na final em Salvador contra o Vitória.
Os mais saudosistas vão lembrar que o Peixe da década de 60 era do mundo, cosmopolita. Brilhava em todos os estádios. Tanto que a “casa” do Santos em duas finais do Mundial de Clubes foi o Maracanã.
O Santos de 2015 confirma a tradição centenária de se valer dos jogadores formados na base e da Vila para manter a grandeza.
Mas para alçar voos mais ambiciosos, a equipe precisa manter o nível de concentração e de pegada características dos jogos na Vila também como visitante.
Será que um(a) profissional de ponta da Psicologia pode ajudar?
Fórmula-1: Passado…
Para a maioria, o GP do Japão de 1990 ficou marcado pelo segundo título de Ayrton Senna. Houve a batida com o francês e rival Alain Prost logo na primeira curva. Manobra proposital, conforme reconheceu Ayrton um ano depois em Suzuka depois de ser tricampeão.
Aquele incidente abriu uma oportunidade para dois pilotos brasileiros. Um deles buscava voltar a vencer depois de três anos difíceis. O outro, buscava o reconhecimento de seu talento. Eles eram Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno, amigos desde Brasília e que fizeram a última dobradinha brasileira na Fórmula-1.
… E Presente
Toto Wolff, chefe esportivo da equipe Mercedes, vê a Ferrari como uma ameaça à supremacia da Mercedes nestes dois últimos anos.
Após a vitória de Vettel em Cingapura, ele declarou à TV inglesa Sky Sports que o resultado de Marina Bay valeu como um sinal de alerta.
“Você sempre tem que olhar para a Ferrari – e também a Red Bull deu um passo à frente. Eles são fortes concorrentes”, Wolff observou.
“Você não pode esperar ou garantir que estará sempre sendo o mais rápido e ganhando corridas. Isso não é normal para a F1, precisamos manter o olho neles.”
“Acho que a última corrida foi uma surpresa pela forma como eles ganharam.”
Brasileirão
A 28ª rodada tem todos os paulistas jogando no domingo. Às 11h, o Santos enfrenta o Internacional na Vila Belmiro. Paulo Ricardo e Nilson entram nas vagas dos suspensos David Braz e Ricardo Oliveira. São Paulo e Palmeiras fazem o grande jogo da rodada, em duelo válido diretamente pelo G-4, às 16h, no Morumbi. No mesmo horário, o líder Corinthians visita o Figueirense e seca o Galo, que enfrenta o Joinville fora de casa.
Gabriel
O treinador Dorival Junior tem grande responsabilidade pela fase vivida pelo atacante Gabriel, o Gabigol. O jogador vinha sendo pouco utilizado tanto por Enderson Moreira como por Marcelo Fernandes, e, após a saída de Robinho, começou a ter chances novamente. Com Dorival, Gabriel passou a exercer função diferente pelos lados do campo, com mais consciência tática e se tornou peça fundamental para o time. O camisa 10 tem números expressivos para um jovem de 19 anos. Já disputou 114 jogos e balançou as redes 38 vezes. Ano passado fez 21 gols e em 2015 já tem 15, com grandes chances de superar 2014.
Mito da semana
O polonês Robert Lewandowski foi o cara da semana. O atacante do Bayern de Munique entrou no intervalo quando os bávaros perdiam por 1×0 diante do Wolfsburg. Lewa simplesmente marcou cinco gols em um espaço de 9 minutos, do minuto 6 ao 15. O último gol foi em um voleio sensacional. O Bayern ganhou de 5×1. A última vez que um jogador fez cinco gols no mesmo jogo no Brasil foi com Neymar, quando o Santos massacrou o Guarani por 8×1 em 2010, pela Copa do Brasil.
Enfim…
De tanto tentar, Luxemburgo conseguiu. No Palmeiras, em 2002, saiu antes de o barco afundar. Namorou a zona da confusão com Fluminense e Flamengo e tinha tudo pra afundar o bicampeão Cruzeiro este ano para a Série B, antes de ser demitido. Finalmente, Luxemburgo vai comandar um time na segunda divisão. Ele foi contratado pelo Tianjin Songjiang e vai ficar sumidinho do Brasil por um tempo.
Matemática
Restando 11 jogos para o final do Brasileirão, os clubes começam a fazer as contas para o final do torneio. Corinthians e Atlético Mineiro praticamente já se garantiram na Libertadores. O Grêmio tem boa distância para o 5º. Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Inter e Santos disputam a última vaga do G-4, que ainda pode virar G-5, se o campeão da Copa do Brasil estiver entre os quatro primeiros. Nos últimos três anos, a média do quarto colocado é de 65 pontos. O Palmeiras está a sete vitórias de atingir essa pontuação. O Santos precisaria vencer os seis jogos que tem como mandante e ainda beliscar, pelo menos, duas vitórias fora de casa. A briga é boa!