Ela é bonita, talentosa e é, sem dúvida, um dos nomes mais importantes e influentes da cena do Jazz atual.
Toca piano e canta como poucas e sua alma com certeza incorporou a mais pura essência do Jazz. Uma verdadeira “Diva”, que se apaixonou pelo Jazz ainda na infância, quando ouvia, junto com o Pai, a sua enorme colação de discos de Jazz.
A canadense Diana Krall no ano de 2008, ano que marcou os 50 anos do surgimento da Bossa Nova, gênero musical reconhecido no mundo inteiro como puramente brasileiro, veio ao Brasil e gravou o segundo DVD da sua carreira,
A união foi perfeita reunindo na gravação ao vivo os elementos da sonoridade da Bossa Nova com o Jazz. E o cenário do Rio de Janeiro ficou perfeito para este registro.
John Clayton no contrabaixo, Jeff Hamilton na bateria, Anthony Wilson na guitarra e Paulinho Da Costa na percussão, além do arranjador Claus Ogerman e a participação muito especial da The Rio de Janeiro Orchestra, compuseram o time musical.
Impossível não se lembrar de João Gilberto e Tom Jobim, reverenciados em diversos momentos, principalmente naqueles mais sutis. Emoção do início ao fim.
Os temas “Let`s Fall In Love”, “Where Or When”, “Wallk On By”, “Let`s Face The Music And Dance” e um dos seus primeiros sucessos “Frim Fram Sauce” foram gravados com absoluta competência.
E mais “Quiet Nights”, “Este Seu Olhar” cantada em português com sotaque canadense e a curiosa “The Boy From Ipanema” foram os temas escolhidos para a homenagem a Bossa Nova.
Mais uma prova de que a Bossa Nova hoje é uma linguagem universal, assim como seu parente mais próximo, o Jazz.
Diana Krall continua firme na sua trajetória de sucesso e não foi a primeira e nem será a última vez artista que fará sua visita à Bossa Nova.
Em lançamentos anteriores ela já tinha feito esta experiência que muito agradou a todos.
Seja sempre bem-vinda Diana Krall à Bossa Nova. Nós agradecemos e aplaudimos.
Symphonic Bossa Nova – “Ettore Stratta & The Royal Philharmonic”
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Considero este lançamento do ano de 1994, do Selo Teldec, um dos mais surpreendentes trabalhos de Bossa Nova feitos no exterior.
Nosso querido e saudoso maestro Tom Jobim, ainda estava vivo, quando do lançamento do CD, referendou o trabalho com um texto sensível e inspirado no encarte.
Para você ter uma noção da sua grandeza, um time de estrelas do naipe de Al Jarreau, Dori Caymmi, Oscar Castro Neves, Claudio Roditi, Gary Burton, Hubert Laws, Tom Scott entre outros, participaram das gravações e foram liderados pelo inspirado condutor italiano Ettore Stratta e pelo pianista e arranjador argentino Jorge Calandrelli. E o reforço de peso da The Royal Philharmonic deu o toque final de sucesso ao projeto.
Arranjos lindos, diferentes e completos. A cada faixa do disco você vai descobrindo que a música não têm fronteiras e que a comunhão de sentimentos e talentos faz muito bem aos nossos corações e à nossa alma.
Os temas “One Note Samba/The Girl From Ipanema”, “Atrás da Porta”, “Like A Lover”, “Curumin” e “The Island/Daquilo Que Eu Sei” são sensacionais e encantam pela beleza dos arranjos e pela sonoridade.
Um CD que merece ser escutado do princípio ao fim com a máxima atenção e você não pode deixar de ter este exemplar na sua coleção. Nota 10 em todos os quesitos.
Romero Lubambo – “Brazilian Routes”
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Para quem não o conhece o seu nome pode até soar estranho. Não duvide, ele é brasileiro, carioca da gema e está radicado nos Estados Unidos, mais precisamente em Nova York, há muitos anos e trata-se de um dos músicos mais cobiçados do planeta.
Talentoso e virtuoso no violão e por vezes na guitarra, ele é um cara de bom papo e de um sorriso sempre aberto.
Atualmente é o grande amigo e parceiro do pianista Cesar Camargo Mariano, que também está morando pelos lados da América.
Gravaram e se apresentaram juntos inúmeras vezes e se completam no palco de forma muito interessante. Realizaram vários shows memoráveis em duo de piano e vilão.
O trabalho que destaco é do ano de 2002 e foi lançado originalmente para o mercado japonês e depois aqui no Brasil pelo Selo Rob Digital. E é incrível constatar como os japoneses amam a nossa música e os nossos músicos.
Para este trabalho chamou os pianistas Cesar Camargo Mariano e José Lourenço, o contrabaixista Arthur Maia, o baterista Carlos Bala, o saxofonista Mauro Senise e até sua mulher, a talentosa cantora Pamela Drigs, além de outras feras.
Destaco os temas “Love For Sale”, “Route 66” e “Sally`s Tomato” numa levada em ritmo de jazz e também “O Que É Amar”, “Correnteza” e “Luisa” com um tempero bem brasileiro.
