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Celulite

09/09/2015Da Redação
Celulite | Jornal da Orla
A lipodistrofia ginoide, ou celulite, pode causar incômodo em muitas pessoas, principalmente nas mulheres. É uma condição dermatológica que pode acometer qualquer mulher após a puberdade. Sua causa ainda é indefinida. Supõe-se que uma das delas seja a má-circulação local, tanto sanguínea quanto linfática, gerando processo inflamatório e edema (inchaço) na região. Outra possível causa é a própria flutuação hormonal feminina. Por isso, até certo limite, não é considerada doença, apenas como alteração estética.

Algumas condições parecem aumentar a incidência. Roupas apertadas, tabagismo, bebidas alcoólicas, hipertensão, obesidade, o avanço da idade, sedentarismo, dentre outras, são situações que favorecem o aparecimento da celulite. Pode se apresentar em quatro níveis: a) aparente somente por exames laboratoriais do tecido local; b) aparente quando o músculo se contrai ou por apalpação; c) visível , com a aparência de “casca de laranja, sem a contração muscular; d) existência de nódulos e pode apresentar dor.

Existem muitas propostas terapêuticas e estéticas para a celulite, porém nenhuma delas com comprovação científica suficiente para que seja adotada como definitiva. Alguns estudos com derivados de vitamina A e cafeína em aplicação tópica têm demonstrado efeitos limitados. Essas substâncias podem melhorar a aparência da pele, porém não teriam ação profunda, não alterado a causa básica do aparecimento da celulite.

A mesoterapia, que é a aplicação de substâncias ativas diretamente no local, apesar de ser uma prática aceita em alguns países, é contraindicada pelo Conselho Federal de Medicina. A fosfatidilcolina e tiratricol, substâncias normalmente utilizadas nessa estratégia, são proibidas, no Brasil, pela Anvisa. A fosfatidilcolina é uma substância com diversas funções fisiológicas, mas seu uso indiscriminado por via subcutânea por causar graves processos inflamatórios e processos infecciosos secundários, devidos à aplicação. Os EUA, por meio da FDA, não autorizam o uso estético para a fosfatidilcolina. Do mesmo modo, essa agência proíbe o uso de tiratricol desde 1999.

Algumas terapias, utilizando-se de energias térmica, luminosa, sonora e mecânica, são bem utilizadas. Aparentam alguma melhora, no mínimo estética, mas não tem estudos científicos bem estruturados que garantam uma eficácia de longo prazo e nem de que possam ser reproduzidos pelos diferentes tipos de equipamentos ou por técnicas de aplicação. 
 
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, Avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.