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Depois da crise

22/08/2015Da Redação
Depois da crise | Jornal da Orla
O Brasil vive uma grave crise política e econômica. Denúncias de corrupção envolvem personalidades importantes da República e velhos conhecidos, como o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor.

Agora, no olho do furacão está o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), inimigo declarado do governo federal, que é acusado de ter cobrado US$ 5 milhões de propina para facilitar negócios na Petrobras. A Procuradoria Geral da República formalizou denúncia contra Cunha e também contra Collor e caberá ao STF decidir se dará andamento ao processo ou não.

Apesar da gravidade da crise, que afeta duramente a vida de milhões de brasileiros, o fato é que o país pode sair dela melhor do que entrou. Afinal, quem poderia imaginar que os principais empreiteiros, homens poderosos e que mantinham relações estreitas com o poder, fossem parar atrás das grades? E que José Dirceu, o ministro mais importante do primeiro mandato do governo Lula, tivesse o mesmo fim? 

O Brasil sempre foi considerado o país da impunidade e, nas ruas, se dizia que só iam para a cadeia os pobres, negros e prostitutas. Os ladrões de colarinho branco, pessoas poderosas, sempre conseguiam se safar. É inegável, portanto, que houve uma grande mudança e podemos afirmar que esse processo é fruto da democracia. As instituições, apesar de tudo, estão funcionando. O braço da Justiça hoje alcança aqueles que se imaginavam acima da lei.

Existe ainda um longo caminho, de muitas dificuldades, a ser percorrido. Mas se efetivamente for um desejo do conjunto da sociedade, o Brasil pode se tornar um país melhor.