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O grito das ruas será ouvido?

15/08/2015Da Redação
O grito das ruas será ouvido? | Jornal da Orla
Cedo ou tarde o Brasil vai superar a crise, mas é evidente que os seus efeitos deletérios serão sentidos por muitos anos. O custo social é altíssimo, atingindo os mais pobres, em especial, e também a classe media, além de todos os setores da economia. A aventura e a irresponsabilidade de 12 anos de petismo levaram o país a uma situação dramática, como “nunca antes” se viu nesse país, parafraseando o grande líder dos “companheiros”, Lula da Silva.

A questão urgente agora é iniciar o processo de reconstrução moral e econômica do país, tarefa nada fácil diante da ausência de grandes estadistas. Com um governo agonizante, parcela do PMDB capitaneada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, apresentou um projeto anticrise que vem a ser “mais do mesmo”, haja vista que o comprometimento desses senhores com o futuro da Nação é igual a zero.

Renan Calheiros, para quem não se lembra, foi obrigado a renunciar a presidência do Senado quando os brasileiros foram informados de que as contas de sua amante eram pagas por uma empresa. Ficou barato para Renan, que anos depois voltou a ocupar o posto e agora apresenta um pacote contra a crise, que apenas garante a ele e seus parceiros mais e mais poder.

Renan Calheiro é uma piada de mau gosto, mas é o retrato da política no Brasil, que tem ainda um Fernando Collor, que, depois de cassado, volta a ser acusado de receber altas somas provenientes da roubalheira na Petrobras. Assim é o Brasil. Enquanto as pessoas de bem trabalham e dão duro para pagar impostos cada vez mais escorchantes, sujeitos como Renan e Collor dão as cartas na Capital da República.

E o que podemos esperar do STF, quando a mais alta corte da Justiça do país está mais preocupada em aumentar os salários de seus ministros? O fato é que o  grau de irritação da sociedade brasileira parece não ser sentido em Brasília em nenhuma das esferas do poder. O clima de deboche é generalizado, amplo, geral e irrestrito.

Faltam líderes capazes de restaurar a decência no país. Resta o grito das ruas. Neste domingo (16) teremos novas manifestações. Vamos ver o que acontece depois.