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Credibilidade

25/07/2015Da Redação
Credibilidade | Jornal da Orla
O problema do governo Dilma Rousseff não está apenas na onda de corrupção que atinge integrantes da base aliada e o próprio Palácio do Planalto, e nem a baixa popularidade da presidente. Há um agravante que pode elevar a crise política e econômica por que passa o país: a falta de credibilidade .

Na quarta-feira (22), a equipe econômica anunciou a redução da meta fiscal deste ano de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,15% e reconhece que pode, até mesmo, fechar o ano com um déficit primário de 0,3%. Em resumo, o próprio governo admite que não consegue colocar as contas públicas em ordem, o que vai gerar consequências desastrosas.

O Brasil deve perder, por exemplo, o grau de investimento concedido pelas agências internacionais a países considerados seguros para investidores internacionais. Os juros vão subir ainda mais, o desemprego vai crescer e o Brasil vai demorar muito mais tempo do que o previsto para começar a sair da crise.

Se na área econômica a situação está ruim, na política ainda é pior, com o governo enfraquecido e literalmente em guerra com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e com um aliado indigesto, Renan Calheiros, na presidência do Senado. Vale lembrar, ambos são caciques do PMDB, um partido que adora as benesses do poder, mas que não se dispõe a segurar a alça de caixão.

Além dos problemas nas áreas política e econômica,  o governo tem dificuldades no Judiciário e poderá ter suas contas rejeitadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), abrindo as portas para um processo de impeachment. Na vida pública nacional, agosto é tido como um mês de tragédias. No dia 16 está programada mais uma grande manifestação contra o atual governo. O mandato de Dilma está por um fio. O PT começa a sentir o gosto amargo de seu próprio veneno.