Em 2013, o então presidente licenciado do Santos, Luís Álvaro, destituiu dois membros do Comitê de Gestão, Caio De Stefano e Pedro Conceição. Em 2015, Modesto Roma fez a mesma coisa com José Renato Quaresma e Lourenço Lopes. Nos dois casos, o pivô da crise foi por divergências constantes dentro do CG. Pedro e Caio, por exemplo, eram contra a marcação do jogo amistoso contra o Barcelona e cobravam Laor, naquele momento, por não atuar junto à CBF para que a data não fosse autorizada. Os dois inclusive se recusaram a acompanhar a delegação na viagem para a Espanha. Agora, José Renato Quaresma e Lourenço Lopes foram contra a (re)contratação de Osvaldo de Oliveira.
Naquele ano, Luciano Moita renunciou logo em seguida, em solidariedade. Nesta atual crise, Jorge Correa da Costa e Rodrigo Marino agiram da mesma forma.
Álvaro de Souza também renunciou, dias depois, em 2013, e o CG ficou, naquela época, com apenas 5 membros, exatamente como agora.
Laor, na época, percebeu que a tendência do Conselho Deliberativo era a de não aprovar a destituição de Caio e Pedro e que isso seria uma derrota política terrível.
Depois daquela atitude de jogar a crise dos 8 a zero nas costas dos dois destituídos, considerada desleal, a iniciativa de um processo de impeachment só contra Laor, antes tímida, começou a deslanchar, principalmente pelos solidários aos membros do CG destituídos. O desfecho em 2013 foi a licença e a posterior renúncia do presidente Luís Álvaro.
Daí o CG todo renunciou e foi recomposto com os membros que se dispuseram a ficar e novos que foram convidados.
A crise atual tem, além dessas semelhanças com 2013, intensidade também parecida.
NOTAS
Comparação torta
A comparação entre os salários do ex-superintendente de Futebol da gestão de Odílio Rodrigues, e o atual, feita pelo presidente Modesto Roma, nesta semana, não é verdadeira.
O salário do ex era de R$ 22 mil. O do atual, comentado nesta semana na reunião do Conselho, está entre R$ 80 mil e R$ 85 mil mais premiações e ainda tem uma multa milionária em caso de rescisão.
Ou o presidente se atrapalhou com a matemática quando disse que o atual era “cerca de 60%” antigo ou estava mal informado.
Brasileirão
A 14ª rodada traz bons jogos para os grandes paulistas. O principal destaque é o clássico Palmeiras e Santos, às 16h do domingo, no Allianz Parque. Em momentos distintos, o Peixe briga para sair do Z4, enquanto o Palmeiras luta para entrar no G4. No mesmo horário, o São Paulo visita o Sport, também em jogo que vale para a parte de cima da tabela. Antes disso, no sábado, às 21h, o Corinthians recebe o líder Atlético/MG em Itaquera, no que pode ser o grande jogo da rodada.
Sonho e realidade
O Santos segue em busca de reforços para a sequência do Brasileirão. Na semana passada, muito se falou da contratação do bom volante Sandro, ex-Inter e Seleção Brasileira, que está no QPR da Inglaterra. O problema é que nesta semana o time inglês conseguiu a liberação que precisava, porque o jogador não tem passaporte europeu, afastando o sonho do Santos de ter o volante. A primeira contratação desta fase deve ser o também volante Fabio Braga, cria do Fluminense que está sem clube.
Vai e vem da Europa
A janela de transferências europeia segue dando o que falar. No final de semana passado, Schweinsteiger trocou o Bayern pelo Manchester United e o goleiro e ídolo Iker Casillas encerrou os 25 anos de Real Madrid indo para o Porto/POR. Nesta semana, o Real fechou com o quase xará do ídolo, o goleiro Kiko Casilla, do Espanyol. A grande contratação da semana, que deve ser concretizada em breve, é o acerto do Bayern de Munique com o meia chileno Arturo Vidal, da Juventus.
Pan-Americano
O Brasil, assim como em 2011, segue fazendo grande campanha nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que termina dia 26 de julho. Até o fechamento desta edição o país está em 3o lugar e soma 20 medalhas de ouro, 15 de prata e 29 de bronze, com 64 no total. O anfitrião Canadá aparece em primeiro, seguido pelos Estados Unidos. Vale lembrar que no Pan de 2011 o Brasil somou 141 medalhas, sendo 48 de ouro. Será que vai superar?
Poker
Depois de um mês de muito poker em Las Vegas, a World Series of Poker 2015 chegou (quase) ao fim. Depois de 67 eventos concluídos falta apenas a resolução da mesa final do Main Event, que acontece sempre no dia 9 de novembro, com os 9 jogadores restantes (os novembers niners). Ano passado, o Brasil conseguiu emplacar pela primeira vez na história um representante entre os 9, mas neste ano ninguém conseguiu. Mesmo assim foi uma grande WSOP para o país. Além do título de Thiago Decano no evento 38, os jogadores brasileiros somaram US$ 2.713.126 nas 179 vezes em que chegaram à faixa de premiação dos eventos.