O ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, passou por um processo que pode ser definido como um linchamento político.
A reprovação “por unanimidade” das contas de 2014 do clube pode ser considerada como o último ato dessa encenação.
Processo semelhante foi movido pelo mesmo grupo político que tem o comando do Santos atualmente na outra passagem pelo poder no clube, que durou dez anos e começou em 2000. Samir Abdul-Hack e José Paulo Fernandes, presidente e vice anteriores, sofreram perseguição exatamente igual.
O jornalista Alex Frutuoso, num texto inspirado, em dezembro do ano passado, previu que Modesto Roma vai ser “o pior presidente da história do Santos”. Por quê? Porque foi assim com Samir, com Marcelo Teixeira, com Luis Álvaro e agora com Odílio. É regra.
No caso específico de Luís Álvaro e Odílio, esse linchamento traz uma ameaça grave para o futuro do clube.
Primeiro que afasta as pessoas de bem desse cargo de presidente do Santos. Todas as pessoas que convivem ou conviveram com Odílio sabem que ele é uma pessoa do bem. Decente. Corajoso. A condenação é absurda.
E segundo, porque reprova o sucesso. Na história centenária do Peixe, o período 2010-2014 é o segundo mais vitorioso. Só perde para o núcleo da era Pelé, 1960-65. Na base, o sub-20, é o período mais vitorioso do Santos.
Dois grupos de conselheiros comandaram essa campanha contra Odílio. Os que se elegeram com Modesto Roma e os que estavam na chapa de Fernando Silva. Estes últimos parecem movidos por uma espécie de vingança. Alguns deles tinham cargos com salários altos na administração e quando foram substituídos passaram imediatamente a fazer oposição no Conselho. Antigamente esse tipo de comportamento era definido como “fisiológico”.
NOTAS
F-1 Troféus: Mixurucas
Lewis Hamilton reclama dos troféus da Fórmula 1. O retorno da Fórmula 1 a Silverstone, para o GP da Grã-Bretanha, serviu para Lewis Hamilton revelar esse aborrecimento com os troféus.
Para o inglês da Mercedes, eles são fracos e feios, longe do nível exigido para a Fórmula 1. As queixas de Hamilton começaram no GP da Grã-Bretanha do ano passado.
“Onde está o troféu de ouro?”, questionou na época Hamilton, queixando-se do troféu que recebeu, inspirado no logotipo de um dos patrocinadores e não o tradicional, habitualmente entregue em Silverstone. “Deve ter custado 10 libras”, brincou. £ 10 equivalem a cerca de R$ 60. Passado um ano, a Fórmula 1 está de volta à sua “casa” e o bicampeão voltou ao tema, pedindo mais capricho nesse quesito.
Brasileirão
Sem descanso. A 11ª rodada começa neste sábado, mas os grandes paulistas jogam apenas no domingo. Às 16h, o São Paulo encara o embalado Fluminense, no Morumbi. O Santos tenta se reabilitar na Vila Belmiro contra o Grêmio, que cresceu bastante no campeonato sob o comando de Roger Machado. O Corinthians visita o Goiás para confirmar a terceira vitória seguida. O Palmeiras fecha a rodada às 18h30, em duelo contra a Ponte Preta, na Arena Pantanal.
Fica pra próxima
Os fãs vão ter de aguardar um pouco mais para assistir o duelo entre José Aldo e o polêmico irlandês Conor McGregor pelo UFC 189. Apesar de a entidade forçar a barra para a luta acontecer, a lesão na costela de Aldo foi realmente confirmada. O americano Chad Mendes substitui o brasileiro e disputa o cinturão interino contra o irlandês no dia 11 de julho.
Desmanches
A crise financeira que afeta o futebol brasileiro reflete, cada vez mais, suas consequências nos clubes. Devendo salários, São Paulo e Corinthians perderam peças importantes para o exterior. O Corinthians, além de Guerrero, vendeu Fábio Santos e Petros. A situação do São Paulo é um pouco mais grave. Depois de vender Paulo Miranda, Rodrigo Caio e Denílson, o São Paulo perdeu Souza, uma das peças mais importantes do elenco, para o Fenerbahce, da Turquia. O técnico Juan Carlos Osorio reclamou publicamente das vendas, assim como o goleiro Rogério Ceni.
Janela europeia movimentada
Os grandes times da Europa estão se movimentando para a próxima temporada. Muitas contratações já foram acertadas. Os gigantes italianos Milan e Internazionale – ambos em má fase há algum tempo – estão se mexendo. O Milan contratou o colombiano Bacca, do Sevilla, e o brasileiro Luiz Adriano, do Shakhtar. A Inter fechou com os zagueiros Miranda e Murillo, além do bom volante Kondogbia. O Chelsea anunciou o acerto com Falcão García. O Barça está perto de fechar com Arda Turan, meia turco do Atlético de Madrid. Sergio Ramos, De Gea e Pogba são alguns dos nomes que agitam o mercado.
Ingratidão?
Após receber uma oferta irrecusável da China e sair do Santos pela 3ª vez, Robinho colocou a culpa da transferência na antiga diretoria. A realidade é exatamente oposta a essa. Foi essa mesma gestão 2010-2014 que trouxe o ídolo de volta para o clube em duas oportunidades, movendo grandes esforços quando o camisa 7 estava em baixa na Europa. Robinho teve méritos e recuperou o bom futebol e a vaga na Seleção aqui no Santos, o que rendeu a ele ótimas transferências para o Milan e agora para o futebol chinês