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Controle da dislipidemia

15/06/2015Da Redação
Controle da dislipidemia | Jornal da Orla
A dislipidemia, ou alteração nos níveis ideais de colesterol sanguíneo, é uma doença muito comum. Mundialmente, se fala em colesterol bom e ruim, porém é uma informação falsa, porque não existe colesterol ruim. O grande problema é quando suas quantidades estão fora do padrão. O colesterol é um tipo de gordura muito importante para o nosso organismo, pois está envolvido em muitos processos biológicos. Faz parte da membrana de nossas células, é transformado em alguns hormônios e facilita o transporte de gordura pelo sangue.

Quando aumentado, se deposita nos vasos sanguíneos obstruindo o fluxo sanguíneo e criando condições para infarto cardíaco ou acidente vascular cerebral, o AVC. Esse desequilíbrio pode surgir devido a ingestão excessiva de gordura ou, principalmente, devido a certas condições genéticas. Nessa condição, o uso de medicamentos é obrigatório. 

Porém, em alguns casos, os medicamentos podem não fazer efeito. Nos Estados Unidos e na Europa está sendo lançado uma nova classe de medicamentos para esses casos de mais difícil controle. São medicamentos baseados em biotecnologia, anticorpos monoclonais. Esse medicamento é um anticorpo humano contra uma proteína que impede o controle adequado de LDL colesterol (injustamente chamado mal colesterol). 

No ser humano, tudo que faz parte do metabolismo normal, o organismo se encarrega de mantê-lo sob controle. Para isso, produz estruturas metabólicas para produzi-lo quando em falta e destruí-lo quando em excesso. Algumas pessoas possuem um defeito genético, transmitido dentro da família, que as fazem ter menor funcionamento da capacidade de retirada do LDL do sangue. 

O grande objetivo do tratamento da dislipidemia não é apenas o controle plasmático do LDL, mas quantos casos de infarto ou AVC foram diminuídos. Esses resultados somente serão possíveis após sua comercialização e uso contínuo por dois ou mais anos. No momento, as estatinas são medicamentos baratos e ainda efetivos no controle geral da dislipidemia. Ainda continuam a ser a melhor alternativa.

O apoio ao medicamento recentemente aprovado no FDA, a agência americana, não foi unânime, porque não se sabe as consequências a longo prazo. Foi testado em mais de 5500 pessoas com dislipidemia comum e em mais de 250 portadores de um defeito genético específico. Sendo eficiente nos dois grupos. Poderá ser usado sozinho ou associado a outros medicamentos. Como lançamento novo, provavelmente será uma alternativa bastante cara e não justificará sua indicação, salvo situações específicas.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe-as para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail [email protected] ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.