O ranking mundial, divulgado pelo Comitê Paralímpico Internacional na última semana, aumentou ainda mais a confiança de Beth Gomes (Fast Whells/Fupes/O Temakinho/Estúdio de Pilates Patrícia Alves). A santista ocupa a o segundo lugar nos arremessos do disco e peso, e oitavo no dardo.

 

Agora, a expectativa fica pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que em breve convoca a seleção brasileira para o Jogos Parapan-Americanos em Toronto, no Canadá, em agosto.

  

No Parapan de Guadalajara, no México em 2011, e no Mundial de Lion, na França, obteve a quinta colocação. Neste ano foi campeã no disco e no peso do Open Internacional de São Paulo, onde superou sua própria marca, que é a melhor das Américas.

 

Beth comemora os resultados, fruto de muitos treinos. “Estou vivendo meu melhor momento no paratletismo, agradeço muito à minha técnica Rosiane Farias e a equipe Fast Weels/Fupes, que desde 2012 estão ao meu lado e mudaram minha carreira”.

 

Superação

Sempre mostrando um sorriso no rosto, com 50 anos e várias conquistas no esporte, Beth tem uma história de superação desconhecida por muitos. Em 1992, quando tinha 27 anos, a então guarda municipal ficou paraplégica em decorrência de esclerose múltipla.”Passei por forte depressão. Eu não aceitava a deficiência, tinha uma vida muito ativa e adorava o esporte. Já tinha sido tricampeã de vôlei nos Jogos dos Funcionários Públicos de Santos. Me falaram que eu não poderia mais nada”.

 

E foi justamento no esporte que conseguiu superar a situação. Em 1996, através do Conselho dos Direitos da Pessoa com Deficiência, foi incentivada a praticar basquete adaptado no Complexo Rebouças.

 

Na modalidade chegou à seleção brasileira, com a qual disputou um Parapan, quatro mundiais e os Jogos Paralímpicos de Pequim em 2008. Desde 2010, passou a dedicar-se totalmente ao paratletismo.