Oito de março é uma data especial para mulheres de todo o mundo. Momento de discutir e refletir a participação feminina na sociedade. Personificação da mulher moderna, a doutora em Psicologia da Educação e escritora, Lúcia Maria Teixeira Furlani, acredita que, apesar dos avanços em políticas públicas, como a Lei Maria da Penha e a recente aprovação do projeto que classifica como hediondo o “feminicídio ” (crime contra a mulher), ainda é necessário lutar por direitos.
“A mulher é maioria nas universidades e no mercado de trabalho. Ela é força empreendedora, decide eleições e governa países! Porém, ainda existem questões que caminham lentamente, como a diferença de salários entre mulheres negras e brancas, que se torna ainda maior se comparada entre mulheres negras e homens brancos, e a participação feminina na política”, ressalta.
Para ela, é necessário que as empresas mudem a mentalidade conservadora. “Nas universidades, a mulher corresponde a 60% das graduações e 51% das pós-graduações. Ou seja, ela está se qualificando e já atua em todas as áreas. Ainda assim, recebem salários menores. Mas já existem empresas que criaram iniciativas para superar esses preconceitos”, explica.
Comportamento
Esse novo perfil de mulher autônoma, independente financeiramente e segura sobre suas decisões e sexualidade, interfere no comportamento masculino, aponta Lúcia. “Os homens estão assustados com essa nova mulher e não se acham à altura dela. Mas é importante que caminhemos juntos, homens e mulheres, para que a sociedade avance”.
Pagu
Se vivesse hoje, Patrícia Galvão se encaixaria nos padrões da mulher atual. “Ela seria uma mulher socialmente aceita, porém ainda mais questionadora, principalmente, em relação à política”, aposta Lúcia. Para a escritora, há receio por parte das mulheres em participar da política, diante da corrupção desenfreada no País.Assista a entrevista completa
http://www.jornaldaorla.com.br/videos/461-lucia-teixera-fala-sobre-o-dia-internacional-da-mulher/
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