TV em Transe

Alguém estava com saudades?

05/03/2015 Christian Moreno
Ele voltou. Após um ano e meio afastado da telinha curtindo a vida, Gugu Liberato retornou à Record para a primeira temporada de seu “novo” programa, nas noites de terça, quarta e quinta-feira.
 
Não sei se alguém esperava algo diferente (eu não). Se esperava, certamente desapontou-se.
 
Em termos de audiência, não podia ser melhor. A principal atração – a comentada entrevista com Suzane Von Richthofen – mostrou-se um tiro certeiro: dividida em duas partes, rendeu à Record liderança no ibope, deixando Globo e SBT para trás.
 
Mas como audiência não quer necessariamente dizer qualidade…
 
Tudo bem, entrevistar a Suzane é algo que o “Fantástico”, por exemplo, também adora fazer (ou ao menos tentar). Gugu não é o único a apelar para o discutível expediente de conversar com detentos famosos para conseguir ibope. Pelo contrário.
 
Seguindo essa linha, podemos aguardar agradáveis conversas com o goleiro Bruno, o casal Nardoni…
 
O fato é que a tática de mexer com a curiosidade mórbida dos telespectadores deu certo. De nada adiantou o SBT recorrer ao “Chaves” (Ratinho entrevistou Florinda Meza, viúva de Roberto Bolanõs), e o futebol na Globo levou um drible.
 
Aliás, Ratinho considerou o bate-papo de Gugu com Suzane uma “baixaria”. “Se eu tivesse feito daria ibope do mesmo jeito”, afirmou ao ser interpelado pela galera do “Pânico na Band”. Resta saber se uma nova “guerra por audiência” virá por aí, dessa vez na faixa noturna. Caso venha, prepare-se, porque já sabemos qual costuma ser o resultado: o nível descer ladeira abaixo.

 
Conexão Repórter – Mas vamos falar de jornalismo de verdade – e que merece atenção. Com a saída de Marília Gabriela da emissora, a direção do SBT resolveu alterar a data do ótimo “Conexão Repórter”, do sempre competente Roberto Cabrini.
 
O programa ocupa agora a meia-noite do domingo, após o Silvio Santos. Um horário meio ingrato, mas numa faixa em que as tevês abertas não costumam ter muito a oferecer.