A retirada de 32 caminhões carregados de lixo, lama e resíduos sólidos foi o saldo inicial da limpeza de valas de drenagem na entrada da Cidade, às margens da Rodovia Anchieta. Por solicitação da Prefeitura, o serviço foi realizado nos últimos dias pela Ecovias, em área administrada pela concessionária do Sistema Anchieta-Imigrantes.
Durante o fim de semana, a empresa iniciou o desassoreamento de três tubulações entre a Rua Boris Kauffmann e a intersecção entre a Marginal e o Rio Furado, na Vila Alemoa, no bairro Chico de Paula. Essas tubulações são os principais meios de condução de águas pluviais da Avenida Nossa Senhora de Fátima e a Rua Ana Santos. Em razão da complexidade técnica do serviço, nova intervenção será programada pela Ecovias, com a execução por empresa especializada.
Os serviços são monitorados pela Subprefeitura da Zona Noroeste, que montou um grupo exclusivo de mão de obra para retirada de lixo jogado nas valas que cortam a Vila Alemoa. O acúmulo de resíduos reduz o leito da rede de drenagem e entope as tubulações, contribuindo para os riscos de alagamentos, principalmente em dias de maré alta.
“Após a conclusão desse trabalho, acreditamos que haverá uma melhora significativa no tempo de escoamento da água na entrada da Cidade, algo em torno de 50%. Porém, o fim das enchentes dependerá da conclusão de todas as etapas das obras de macrodrenagem do programa Santos Novos em Tempos, que tem prazo de 5 anos para a sua conclusão”, explicou o subprefeito da Zona Noroeste, engenheiro Acácio Egas.
Ação remove 35 toneladas de lixo em canal no Castelo
Na última sexta-feira (13), a Prefeitura retirou, em apenas oito horas de trabalho, 35 toneladas de resíduos do canal que fica no bairro do Castelo (ZNO), no limite com São Vicente. A maior parte do volume dragado é composta por garrafas PET, sacolas plásticas, restos de móveis, animais mortos e entulho de construção. O lixo é procedente do descarte irregular feito por moradores do Castelo e Rádio Clube (Santos), e do Dique Sambaiatuba, em São Vicente.
O destino natural desse volume de lixo é o Rio dos Bugres, que marca a divisa dos municípios e faz ligação com o Mar Pequeno, no lado vicentino da Ilha. Quando chove, o excesso de resíduos acumulado dificulta a passagem da água da chuva, causando alagamentos em vias da Zona Noroeste e São Vicente.
“É um trabalho incansável. Limpamos hoje e poucos dias depois já tem material boiando novamente. Dobramos a equipe de limpeza e colocamos maquinários pesados para agilizar o serviço. Só que os moradores também precisam colaborar, jogando o lixo nas lixeiras e contentores distribuídos por toda a região”, apelou o subprefeito.
Remoção dos canais cresce mais de 1000% em dois anos
A quantidade de resíduos sólidos removidos dos canais de Santos cresceu 1.059,8%, em apenas dois anos. De acordo com levantamento feito pela Secretaria de Serviços Públicos de Santos, 1.015 toneladas de detritos foram retiradas em serviço de desassoreamento de canais, em 2012. Já em 2014, o total passou para 11.772 toneladas, ou seja, um volume 10 vezes maior.
O aumento é decorrência do uso de retroescavadeiras e a ampliação do efetivo da equipe de limpeza pela Prefeitura. Antes, o serviço era feito manualmente por funcionários com a utilização de pás e enxadas.
No mesmo período foi registrado crescimento de 45,8% no serviço de remoção de resíduos de galerias, ramais e canaletas. Em 2012, a Prefeitura limpou de 119.863 metros contra 174.766 metros em 2014. Houve ainda aumento de 26,55% no número de bocas de lobo, poços de visita, caixas de areia na praia e sopé de morro que receberam serviços de limpeza: de 16.816 para 21.282 unidades, nos últimos dois anos.