Para analisar as ações decorrentes do incidente verificado na última sexta-feira (23), quando ocorreu um vazamento de gás dióxido de enxofre (SO2) para atmosfera, levando dezenas de pessoas a serem atendidas no Pronto-Socorro Municipal e outras unidades de Saúde, a prefeita Marcia Rosa recebeu na tarde desta quarta-feira (28) o gerente regional da Companhia Estadual de Tecnologia e Saneamento Básico (Cetesb), Marcus Cipriano, que apresentou explicações mais detalhadas sobre aquela ocorrência.

 

Como explicou à chefe do Executivo e aos secretários municipais, verificou-se uma ruptura na tubulação que interliga o forno e a caldeira da Unidade de Ácido Sulfúrico DPG da empresa Anglo American, com a saída de gás por ali e pela chaminé. Essa ruptura foi ocasionada pelas variações de temperatura no reator catalítico, que não realizou a conversão de SO² em SO³ (trióxido de enxofre).

 

Cipriano informou que a Cetesn não foi informada de imediato sobre o ocorrido na planta industrial da Anglo American, o que impossibilitou a implementação de ações como fazer a comunicação do fato à Prefeitura, por meio da Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec), para que esta pudesse preparar o setor médico de emergência e retirar trabalhadores e outras pessoas da área do Polo Industrial.

 

Segundo Cipriano, a Refinaria Presidente Bernardes, mesmo não tendo informação sobre a origem do vazamento, tomou a iniciativa de liberar seus trabalhadores após o grande número de queixas de irritação em vias aéreas. O representante da Cetesb informou ainda que a combinação da velocidade do vento com a concentração de gás fez com que a área atingida se estendesse por quatro empresas do polo (Anglo American, Braskem, Petrocoque e Refinaria), além de núcleos residenciais que margeiam o rio Cubatão e do próprio centro da cidade.

 

Com relação à multa aplicada à empresa poluidora, Cipriano disse que foi considerada “Gravíssima” conforme a legislação de crimes ambientais, podendo ainda a empresa, após um processo investigatório na esfera criminal, ser condenada a realizar uma ação reparatória dos danos causados à população.