Boa parte da torcida gremista optou por criar um clima hostil e pegar no pé do goleiro, vaiando-o bastante a cada vez que participava da partida, como se ele fosse culpado e não vítima. E isso ficou claro na reportagem.
Infelizmente, outros coleguinhas da imprensa presente ao jogo parecem não ter reparado nisso – ou fingiram que não. Caso de uma repórter da RBS (afiliada da Globo no Sul), que discutiu com Aranha na saído do gramado por sugerir que as vaias tenham sido “normais” de jogo. “As vaias hoje foram diferentes por conta de tudo o que aconteceu. Ou você concorda com o que aconteceu no outro jogo?”, indagou o atleta. “Eu não tenho que concordar com nada”, respondeu a jornalista que, debochada, saiu sorrindo.
Chapa branca – Outra pisada na bola feia semana passada ficou por conta do comentarista global Caio Ribeiro.
Revoltado com o péssimo nível da arbitragem no futebol nacional, o atacante Emerson Sheik, do Botafogo, dirigiu-se a uma câmera após ser expulso de campo e desabafou “CBF, você é uma vergonha”.
Após a transmissão da rodada de quarta-feira, o narrador Cléber Machado perguntou ao Caio sua opinião sobre a atitude de Emerson. Ele se mostrou contrário a atitude do jogador, pois “a hierarquia tem que ser respeitada”.
Sheik não é nenhum santo, mas ele usou um adjetivo que define muito bem a entidade que dirige o futebol brasileiro. Aliás, de qual hierarquia o Caio está falando? Ou os atletas devem eternamente baixar a cabeça para os Teixeiras, Marins e Del Neros da vida?
O comentário infeliz pegou tão mal que Caio virou alvo da ataques em redes sociais, e no dia seguinte tentou se explicar no programa “Arena”, do canal Sportv.
“Ele tem que tomar cuidado, porque estamos falando da entidade máxima do nosso futebol. Se ele convoca uma entrevista e fala que não concorda, ele tem direito. Ontem eu acho que atribuir à CBF, o cartão vermelho dele, é pesado e acho que ele tem que ser enquadrado. São acusações que temos que tomar cuidado. Não quero passar a mão na cabeça da CBF, mas sou comentarista e tenho que dar a minha opinião”, justificou.
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