Dados divulgados pelo jornal O Globo mostram que, durante a propaganda política, a audiência das emissoras pagas sobe uma barbaridade. Obviamente.
O Horário Eleitoral tem sua importância, mas o formato adotado há tempos pelos partidos, de transformar os programas em espetáculos, apresentar seus candidatos como “messias” e atacar os adversários (especialmente os da situação), já deu. O que menos se vê são propostas efetivas.
Precisamos conhecer os candidatos e analisá-los com cuidado, mas a cada eleição que passa o Horário Gratuito parece ajudar menos neste sentido. Semana passada, no tempo ocupado pela propaganda eleitoral à noite, a soma do ibope dos canais por assinatura chegou a 27 pontos no Rio de Janeiro e a 23 em São Paulo!
O que mais tem lucrado é o GNT, cuja audiência cresceu em média 180% desde que os políticos entraram no ar. Não duvido nada que daqui a algum tempo surja uma lei que inclua o Horário Eleitoral na programação das tevês a cabo.
Mau momento – Falando em ibope, a Rede Globo registrou em agosto a pior média de sua história na faixa nobre. Foram apenas 12,5 pontos entre 18 horas e meia-noite. Boa parte deste resultado muito baixo para os padrões da “toda poderosa” deve-se ao péssimo momento de suas novelas. Nenhuma delas têm empolgado: nem “Boogie Oogie”, nem “Geração Brasil” e muito menos “Império”.
Merecido – Semana passada rolou a entrega do Emmy, o “Oscar da tevê americana”. Faço o registro porque a espetacular “Breaking Bad”, que terminou ano passado, faturou cinco dos principais prêmios, incluindo o de melhor série dramática. Pena que o programa passou batido pela Record, que exibiu as cinco temporadas em sequência durante o primeiro semestre. No início até que a emissora esforçou-se na divulgação, mas depois praticamente abandonou o seriado, exibindo-o após a meia-noite. E, pra piorar, os últimos episódios foram ao ar na época da Copa do Mundo. Um belo exemplo de como se jogar um excelente produto fora.
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