O que dizer de alguém que usa um lamentável ato de racismo para faturar uma grana em cima? Domingo, durante o jogo entre Barcelona e Villareal, atiraram da arquibancada uma banana na direção do brasileiro Daniel Alves. Com ótima presença de espírito, ele pegou a fruta, descascou e a comeu.

O fato provocou muitas manifestações de solidariedade ao jogador. Na internet, atletas e artistas postaram imagens segurando – ou comendo – bananas. Parte deles foi motivada pela campanha #SomosTodosMacacos, idealizada pela agência Loducca. O primeiro a se manifestar, aliás, foi Neymar, que é garoto-propaganda da empresa.  

Um dos que aderiram foi Luciano Huck. Não bastasse ter postado numa rede social uma foto ridícula em que aparece com ar sério, ao lado da esposa Angélica, ostentando uma banana, o apresentador global foi além.

Na segunda-feira, a grife UseHuck, criada por ele, lançou uma camiseta com os dizeres da campanha, a palavra “respeito”, a frase “somos todos iguais” e uma banana no meio. Aqueles que quiserem “abraçar a causa” têm que pagar módicos R$ 69,00 pela peça. 

Mas tal atitude abjeta não surpreende. Trata-se da mesma pessoa sócia de um site de compras coletivas que foi “solidário” às vítimas das enchentes no Rio de Janeiro há pouco mais de um ano. Para comprar cupons de doações, era preciso se cadastrar no Peixe Urbano – aumentando seu número de acessos e, consequentemente, seu valor mercadológico. Sem falar na quantidade de anúncios com os quais o internauta se deparava.

Já que é assim, também tomo a liberdade de lançar uma campanha: #HuckPensaQueSomosTodosIdiotas.