A turma da chamada “vanguarda do atraso” jogou pesado de novo e o projeto que previa a autorização para a construção de passarelas aéreas na cidade acabou sendo retirado do Legislativo pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa. A proposta fora apresentada em 2012 pelo então prefeito João Paulo Tavares Papa.
Passarelas aéreas existem em diversas cidades do planeta – em São Paulo, por exemplo, uma delas liga as calçadas que separam dois shoppings, o Market Place e o Morumbi -, são práticas e funcionais. Quem deseja conhecer uma delas, bem pertinho, é só ir a São Vicente.
Em Santos, como sempre, tudo é mais difícil. No caso das passarelas, a complicação tem nome e sobrenome: Armênio Mendes. Maior empreendedor da história da Baixada Santista, o empresário português acabou conquistando alguns inimigos – muitos deles integrantes daquela turma que grita, grita, esperneia e não produz nada de útil. Freud explica.
O fato é que o projeto original das passarelas em nada prejudica o cidadão. Pelo contrário, aonde forem instaladas, elas poderiam ser utilizadas por todos. Não haveria restrições.
No Porto de Santos já existem passarelas para o transporte de diversos produtos, mas elas não provocam a ira de ninguém, pois, até onde se sabe, Armênio Mendes tem helicóptero, mas não tem navio…
Imposto
O importante é que, no caso da aprovação das passarelas, fique bem claro que os responsáveis por elas vão pagar o imposto (IPTU) devido, como todo cidadão. O processo tem de ser transparente para não gerar dúvidas. Mais daí a impedir a construção delas apenas porque um dos equipamentos iria ligar dois empreendimentos do Grupo Mendes será o fim da picada.
Gol contra
O próprio Armênio Mendes acabou marcando um gol contra ao publicar anúncios de um de seus empreendimentos onde constava a tal passarela antes de o projeto ter sido aprovado pela Câmara. Foi sem dúvida um erro, que depois acabou sendo corrigido, mas que deu munição para a “vanguarda do atraso”.
A missão
Cabe agora ao prefeito Paulo Alexandre e à Câmara de Vereadores terem a coragem de resolver o impasse e propor um projeto que autorize passarelas aéreas em locais que não provoquem danos aos cidadãos e ao meio ambiente. Ou Santos segue em frente e caminha rumo à modernidade ou ficará refém de uma turma que grita como sempre e nada produz além de barulho.
Como sugestão, fica a frase de um dos grandes estadistas do Brasil, o ex-presidente Juscelino Kubitschek: “Eu não tenho compromisso com o erro”.
Os paredões
O que prejudicou a cidade, mesmo, foram os gigantescos prédios construídos aleatoriamente com aprovação da Câmara. Verdadeiros absurdos. Vejam, só, como exemplo, como ficou o edifício construído na avenida Senador Feijó, próximo à linha da máquina, um verdadeiro paredão que divide a cidade em duas e que impede a passagem do ar. Isso pode?
Passarela da Odebrecht
Na Câmara de Santos, o vereador Antônio Carlos Banha Joaquim (PMDB) apresentou requerimento questionando o Executivo se a Construtora Odebrecht tem autorização para a construção do túnel/passarela instalado pela empresa na Avenida Ana Costa, ao lado do Shopping Pátio Iporanga.
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