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VLT deve mudar a cara do transporte na região

28/03/2014Jornal da Orla
VLT deve mudar a cara do transporte na região | Jornal da Orla
O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que vai circular em Santos e São Vicente é o que há de mais avançado na Europa. Os veículos, que estão sendo fabricados em Valência, na Espanha, são modernos, rápidos e eficientes e a versão mais atualizada dos que circulam na própria cidade espanhola.
 
A convite da Vossloh, uma centenária empresa alemã que também tem uma sede em Valência, uma comitiva de autoridades e jornalistas da Baixada Santista esteve na Espanha para ver como funciona o sistema integrado de transporte público e conhecer as primeiras unidades do VLT que vão circular na região metropolitana.
 
Contrato prevê transferência de tecnologia
 
A Vossloh ganhou a concorrência pública realizada pelo governo do Estado, via EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), para fabricar e fornecer os veículos. Na Espanha estão sendo fabricadas as primeiras três composições (cada uma tem sete veículos e capacidade para transportar 400 passageiros, sendo 72 sentados) que nos próximos meses estarão circulando, em período de teste, em Santos e São Vicente.
 
Trata-se de um investimento de mais de R$ 1 bilhão, bancados pelo governo do Estado, com financiamento internacional, que prevê, ainda, transferência de tecnologia, já que das 22 composições que vão circular no litoral, apenas três serão fabricadas em Valência; outras 19 serão construídas em Três Rios (RJ), no Brasil.
 
Mais rapidez e conforto
 
As unidades que estão sendo fabricadas em Valência devem estar liberadas no porto de Santos no dia 22 de maio. Vão circular em Santos e São Vicente em um período de testes durante alguns meses. A previsão do presidente da EMTU, Joaquim Lopes, e do gerente da empresa e responsável pela implantação do projeto na região, Carlos Romão, é de que os veículos comecem a operar comercialmente no litoral a partir de março de 2015.
 
Lopes e Romão estão convencidos de que o VLT vai mudar a cara do sistema de transporte público na região, garantindo mais eficiência, rapidez e conforto aos passageiros. Os veículos atingem a velocidade máxima de 70 quilômetros por hora, mas a média gira em torno de 40 quilômetros. A exemplo do que ocorre com o Metrô, em São Paulo, o passageiro poderá utilizar ônibus e o VLT, em Santos e São Vicente, pagando apenas uma passagem.
 
Autoridades
 
O prefeito de São Vicente, Luis Cláudio Bili, o deputado federal Beto Mansur, e o secretário de Comunicação e Resultados de Santos, Rivaldo Santos, representando o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, integraram a comitiva ao lado de diretores da EMTU e de jornalistas da região.
 
Além de conhecer a fábrica da Vossloh, em Valência, a comitiva visitou o Metrô, por onde circulam diariamente cerca de 250 mil pessoas, e andou no VLT, que transporta 30 mil passageiros/dia. O sistema é integrado, prático e eficiente.
 
A expectativa é de que, em Santos e São Vicente, ofereça um salto de qualidade aos que utilizam o sistema público de transporte coletivo, com mais rapidez, conforto e segurança.
 
O prefeito Bili voltou da Espanha entusiasmado: “É um sonho que está sendo realizado”. De fato, o VLT é uma promessa de mais de 20 anos. Finalmente, quando quase ninguém mais esperava, virou uma realidade.
 
A empresa
 
A Vossloh, que fabrica o VLT, é uma empresa centenária (foi fundada em 1897), líder na Europa no setor de locomotivas diesel-elétricas. Tem pouco mais de 5 mil funcionários, dos quais 800 trabalhando na sede em Valência. Seus diretores acreditam que o VLT será um sucesso no litoral de São Paulo e que, a partir daí, a empresa poderá ampliar suas vendas para outras cidades brasileiras. A Vossloh atualmente fornece seus veículos para diversas cidades da Europa e algumas do Canadá e EUA.
 
Foi o Beto que fez
 
Durante o percurso do VLT em Valência, a cada grande obra que era vista, os jornalistas brincavam: “Foi o Beto que fez”, numa alusão ao slogan da última campanha a prefeito do então candidato. Beto gostou e curtiu a brincadeira.
 
Conduzindo o metrô
 
Se o prefeito de São Vicente, Luis Cláudio Bili, mostrava discrição, Beto Mansur mantinha seu estilo: na visita à fábrica, fez questão de posar, para as fotos, sentado na primeira cadeira do VLT  e, depois, no Metrô pediu – e foi atendido – para conduzir, por alguns segundos, a composição. Saiu sorridente e feliz.
 
Nos aeroportos, mostrando desenvoltura, conduzia o grupo. Ao final da viagem, um jornalista brincou: “Se alguém tiver alguma dúvida, acesse o site pergunte ao beto.com”.