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Dilma e a Petrobras

21/03/2014Da Redação
Dilma e a Petrobras | Jornal da Orla
A campanha eleitoral oficialmente ainda não começou, mas é evidente que a disputa já está sendo travada e, como os interesses em jogo são gigantescos, a tendência é de um acirramento de ânimos. O eleitor que se prepare. Durante o horário gratuito de rádio e televisão será melhor tirar as crianças da sala.
 
Se o governo vai explorar os avanços sociais registrados durante os governos Lula e Dilma, a oposição certamente vai contra-atacar com o baixo crescimento da economia, a inflação em alta, os gastos vultosos com a Copa do Mundo e com a crise na Petrobras. Afinal, a maior estatal brasileira vive dias difíceis sob o governo Dilma e já perdeu US$ 100 bilhões em valor de mercado, como registrou durante a semana o jornalista Elio Gaspari.
 
O governo Dilma está na berlinda porque a Petrobras pagou US$ 1,1 bilhão por uma refinaria nos EUA que vale, no máximo US$ 200 milhões. Há, também, denúncias de que executivos da estatal receberam propina por parte de uma empresa holandesa. Situações para lá de constrangedoras. 
 
Com relação à compra da refinaria nos EUA, a nota oficial do Palácio do Planalto revela que a presidente só apoiou a realização do negócio porque recebeu “informações incompletas” de um parecer “tecnicamente falho”. Versão refutada reservadamente por dois executivos da Petrobras.
 
O fato é que a sequência de equívocos do governo federal nas áreas de energia, saúde, segurança pública, as denúncias de superfaturamento dos estádios da Copa, o baixo crescimento e, mais recentemente, os estranhos acontecimentos envolvendo a Petrobras colocam em xeque a alardeada competência de Dilma. Sua gestão já está sendo questionada mais duramente pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, virtual candidato do PSB ao Palácio do Planalto.
 
Enfim, a campanha eleitoral para o PT pode não ser tão fácil como imaginam os caciques do partido e mostram as pesquisas de intenção de voto. Dilma segue como favorita, mas o jogo não deve ser fácil.