O governo da presidente Dilma Rousseff resolveu oferecer à classe média um “presente” de fim de ano: aumentou em mais de 1.500% o valor do imposto cobrado sobre o uso de cartões em moeda estrangeira. Sem maiores explicações e em um período em que muitas famílias viajam para o exterior.
As férias azedaram, mas o dinheiro tirado, em mais imposto abusivo, pode até ter um destino nobre. Pode, por exemplo, bancar as viagens em jatinhos da FAB do presidente do Senado, Renan Calheiros, que acha muito natural utilizar um avião da Força Aérea para fazer um implante de cabelo. Pois no Brasil atual é assim: os impostos não param de subir enquanto os políticos, com raras exceções, se utilizam de bens públicos para fins particulares como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.
Mas esse dinheiro que está sendo tirado da classe média, vários milhões de reais, segundo economistas, também pode ser “aplicado” na conclusão de estádios superfaturados que servirão de palco para a Copa do Mundo e depois se transformarão em elefantes brancos. Já vimos filme parecido em passado distante.
Enfim, apesar de praticamente nada funcionar direito no Brasil nas áreas de saúde, educação, segurança e infraestrutura, por exemplo, a presidente Dilma segue favorita para conseguir o segundo mandato graças aos programas assistencialistas que o PT apresenta como bandeiras e que tanto condenou quando estava na oposição, e a uma estratégia de marketing muito bem organizada.
Não é por acaso que políticos como Renan Calheiros, José Sarney, Fernando Collor e Paulo Maluf estão no palanque de Dilma Rousseff. Na verdade, estão todos no mesmo barco e já devem ser chamados de “bons companheiros”. Este ano teremos eleições, mas dificilmente haverá algum tipo de mudança. E que venha a Copa do Mundo…
