
O controle de acesso e a fiscalização ambiental devem aumentar nas trilhas de acessos dos Parques Estaduais Xixová-Japuí, em São Vicente, e no Núcleo Itutinga-Pilões, em Praia Grande, com o intuito de mitigar o descarte incorreto dos resíduos sólidos nestes locais. É o que afirma o subsecretário estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Jonatas Trindade.
“Não é um trabalho fácil, porque o território é muito grande. Mas a Semil tem atuado junto com a Polícia Ambiental e a Fundação Florestal no controle a esses acessos. Foi realizado um relatório fotográfico em campo das ações que já foram realizadas. Mas ainda é incipiente. Estamos em campo junto com os monitores para a conscientização dos visitantes destes locais e a utilização das trilhas corretas. A gente sabe que é difícil o controle disso, pois nossas unidades de conservações aqui no litoral são gigantescas”, observa Trindade.
As trilhas corretas apontadas pelo secretário se referem à do Cortume, na avenida Tupiniquins, em São Vicente, que dá acesso à Praia de Itaquidanduva, dentro da Xixová-Japuí, além dos dois caminhos que levam às cachoeiras do Guariúma e do Laranjal, no final da avenida Wilson de Oliveira, no Jardim Melvi em Praia Grande, que dão acesso ao Itutinga-Pilões. Nessas reservas ambientais, a visita costuma ser controlada por monitores e previamente agendadas.
No entanto, existem trilhas picadas de forma paralela e amplamente usadas por visitantes incautos e sem controle, como é o caso da chamada “Trilha dos Surfistas”, que leva à Itaquitanduva, pelos fundos do Bairro Japuí, a partir da rua Antônio Luís Barreiros. Inclusive, é neste caminho que há um grande número de reclamações sobre sujeira. A praia também passa constantemente por mutirões de limpeza, ou pela própria equipe do parque, ou por organizações não-governamentais ligados ao meio ambiente. No que foi realizado há duas semanas, foram recolhidos cerca de 70 quilos de lixo, além da carcaça de uma geladeira.
“A gente tem realizado ações de aproximação entre as prefeituras, nosso pessoal da Polícia Ambiental e a monitoria da Fundação Florestal, para fortalecer essas ações de conscientização e limpeza. Quanto ao descarte irregular, é uma questão de conscientização que precisa ser ampliada e a Semil já vem realizando isso com alunos das escolas estaduais, com campanhas de educação ambiental. A secretaria tem feito seu esforço dentro da medida em que consegue disponibilizar material e pessoal. Os agentes nos parques têm feito um trabalho forte de monitoramento, mas sabemos que não é um trabalho fácil e que não conseguimos eliminar o problema de forma rápida”, explica o subsecretário.
Jonatas Trindade também aponta o fortalecimento do conselho gestor das Unidades de Conservação como forma de mobilização. “O laço com a sociedade civil é fundamental para que esta situação possa ser mitigada, atuando em conjunto como fiscais da natureza”, afirma.
VERÃO NO CLIMA
O subsecretário esteve em Praia Grande neste sábado para o encerramento do projeto Verão no Clima, realizado pela Coordenadoria de Educação Ambiental da Semil. Em 2025, o evento que também passou por Santos, Ilhabela e Guarujá, teve objetivo de conscientizar as populações locais sobre a importância de manter as praias limpas, promovendo o descarte adequado de resíduos e incentivando práticas sustentáveis para a preservação ambiental na alta temporada. A iniciativa, que acontece anualmente, tem patrocínio da Sabesp, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, e apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e das prefeituras das cidades que receberam as atividades.
Em outros países ( de primeiro mundo é lógico) existe guardas florestais fiscalizando esses parques e reservas. Aqui é tudo ao Deus dará. Já