
Empresa responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a Ecovias não tem, pelo menos neste momento, um plano de contingência para casos de extrema gravidade, como o que ocorreu na última quinta-feira (13). De acordo com a empresa, diante de situações de caos, os trabalhos são voltados para a liberação das pistas no menor tempo possível.
“O nosso plano gira em torno da liberação rápida. No caso do incidente com a passarela, buscamos os guindastes em Santos e os colocamos para subir pela pista sul, na contramão, até o km 52, para que a remoção dos destroços fosse realizada rapidamente. Mas se tratava de uma operação lenta”, disse o gerente de operações rodoviárias da Ecovias, Fernando Ferreira.

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Mesmo reconhecendo os transtornos enfrentados por quem vivenciou o bloqueio total das pistas e passou horas aguardando a liberação. Ferreira lembrou que, por lei, não há hipótese que autorize o tráfego de veículos pesados pela pista sul da Rodovia dos Imigrantes. Baseia-se, para isso, na Portaria Artesp DGR/DPL – 11, de 6 de dezembro de 2002, que veta o tráfego desse tipo de veículo em uma pista com 11 km de extensão, rampa média de 6% e sinuosidade baixa e que, para tal configuração, não possui o sistema de freios adequado. “Temos pistas que se conversam, mas a portaria é muito clara”.
Datado de 6 de dezembro de 2002, o documento entrou em vigor antes da inauguração da segunda pista da Imigrantes, o que ocorreu 11 dias depois.
Com a segunda pista vetada (pelo menos por enquanto), a aposta fica para a terceira pista da Imigrantes. Prevista para ter 21,5 quilômetros de extensão, essa obra engloba veículos pesados e ligará o km 40 da pista sul da Rodovia dos Imigrantes ao km 270 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni. O problema é que a previsão indica que a obra será entregue somente em 2031. Ou seja, por enquanto, o plano de contingência é, de fato, a rápida liberação das pistas.
Reconstrução
A Ecovias ainda não tem previsão de quando a passarela voltará a operar normalmente. Por enquanto, a empresa trabalha na limpeza das pistas e melhora no fluxo de veículos, justamente para colocar fim aos congestionamentos. A partir daí será elaborado todo o planejamento visando a reconstrução do equipamento.
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