O encontro reunindo mais de 600 prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira (6), foi uma espécie de lançamento extra-oficial da candidatura de Tarcísio de Freitas à reeleição. Denominado “Diálogos com municípios”, o evento teve como objetivo apresentar os programas estaduais disponíveis para os municípios. Mas houve muita conversa ao pé de ouvido.

Um olho no gato…
Sob o olhar atento do presidente do PSD, Gilberto Kassab, que quer garantir-se como vice na chapa de reeleição, Tarcísio também observa o cenário nacional. Se Lula não disputar a eleição presidencial, o governador paulista pode se animar. Vai que…

Fogo no parquinho
Candidato a prefeito de Santos pelo PSOL em 2024, Guilherme Prado critica a demissão do economista da bancada do partido em Brasília, David Deccache. Ele cobra um posicionamento de lideranças como Guilherme Buulos e afirma que a saída é para que a legenda “siga o projeto neoliberal de Haddad em suas votações”.

Mais cannabis no SUS
O deputado estadual Caio França (PSB) defende que a cannabis medicinal seja usada no tratamento de mais patologias, especialmente as epilepsias refratárias, no SUS Paulista. Hoje, três já são contempladas: Síndromes de Dravet e Lennox Gastaut e Complexo de Esclerose Tuberosa. No próximo dia 19, ele participa de uma reunião com membros do Grupo de Trabalho que regulamenta a Lei Estadual 17.618/23.

Colhendo os frutos
O prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão (MDB), comemora a diminuição de 89% nos roubos e 76% nos furtos, nos primeiros seis dias do ano, em comparação ao mesmo período de 2024. “O patrulhamento da Guarda Civil inibe o cometimento de crimes “, diz.

SÓ SEI QUE FOI ASSIM…

O sequestro do vereador
Nas décadas de 1980 e 1980, as eleições para presidente da Câmara de Santos eram a coisa mais imprevisível do mundo. A escolha acontecia na primeira sessão, imediatamente após as comemorações de ano novo. Nos dias anteriores, os vereadores se empenhavam nas negociações, que muitas vezes colocava na mesma chapa vereadores governistas e de oposição.

Porém, e como dizia o dramaturgo Plínio Marcos sempre tem um porém, as traições ao combinado eram muito comuns.

Nos últimos dias de 1996, estava praticamente tudo certo para José Lascane ser o presidente, mas em uma votação que prometia ser bem apertada.

Hábil articulador político, o vereador Odair Gonzalez foi a casa do colega Marivaldo Aggio, que já tinha se comprometido a apoiar Barbosa, e o convenceu a ser candidato a presidente.
Barbosa e outros vereadores ficaram sabendo e correram até a casa de Aggio, para que mantivesse o compromisso anterior.

Chegaram lá, Aggio tinha desaparecido. Não atendia o celular. Ninguém sabia, ninguém viu.

Só foi aparecer minutos antes da votação começar, de braços dados com Odair. Tinha sido “sequestrado” por ele para evitar que desbandeasse de lado.