Gol 13 mil do Santos, ausência de Neymar na Vila Belmiro, expulsão do técnico Pedro Caixinha com menos de 10 minutos, partida adiada em 30 minutos em duas vezes por causa das fortes chuvas na cidade e uma vitória de virada. Estes foram alguns dos ingredientes da vitória por 3 a 1 para o Santos contra o São Paulo neste sábado (1º), em Urbano Caldeira, em jogo válido pela sexta rodada do Campeonato Paulista. Foram dois gols de Guilherme, sendo o primeiro o da marca de 13 mil gols, e outro de Gabriel Bontempo. Pelo São Paulo, Lucas Moura fez o tento único do São Paulo.

Em uma partida emocionante, o Santos chegou aos 7 pontos e ficou na segunda colocação do Grupo B, com a mesma pontuação do líder Guarani.

O próximo compromisso do Peixe será diante do Botafogo-SP, na quarta-feira (5), às 21h35, na Vila Belmiro, em jogo válido pela sétima rodada do Paulistão. Para este confronto existe a possibilidade da estreia de Neymar, que vai comemorar 33 anos de idade no mesmo dia.

Primeiro tempo

A partida começou de forma disputada, truncada, com o Santos visivelmente nervoso. E quem tinha que transmitir calma para os atletas, foi expulso aos seis minutos.Pedro Caixinha reclamou com o árbitro Luiz Flávio de Oliveira sobre uma falta para o Peixe. O juiz amarelou. Caixinha perdeu a cabeça e ofendeu Luiz. Veio a expulsão. O auxiliar técnico Pedro Malta assumiu o comando. Zé Ivaldo e Calleri se desentenderam duas vezes, o que deixou o clima de animosidade mais forte.

O Tricolor também entrou na pilha, com Oscar dando carrinho em Pituca. Até os 18 minutos, as duas equipes finalizaram uma vez cada, mas sem acertar o alvo. A chuva forte que assolou a cidade de Santos durante os últimos dias também prejudicou o espetáculo em Urbano Caldeira. Aos 22 minutos, um lance polêmico. Leo Godoy avançou pelo lado direito e foi tocado por Sabino, ex – zagueiro do Peixe. O VAR foi acionado, porém, nada marcado.

O volante Rincón recebeu cartão amarelo após cometer falta em Luciano. Uma falta comum, mas aparentemente o árbitro aplicou punição pelo “conjunto da obra”. Aos 30 minutos, Oscar puxou um bom contra ataque, após um erro de Gabriel Bontempo no campo de ataque. Para a sorte do Santos, Alisson deu um péssimo arremate para o gol.

Mas, aos 34, não teve jeito. Em um momento que o Peixe tentava evoluir na partida, Calleri ganhou a bola de Luan Peres, rolou para Lucas Moura, que fez o giro para cima de Vinicius Lira, e abriu o placar para o São Paulo. Na sequência, mais um lance polêmico. Dentro da área, Pituca chutou e a bola bateu no braço de Sabino. Arbitragem afirmou que foi involuntário. Mantendo o nervosismo em campo, Tiquinho Soares recebeu cartão amarelo por reclamação.

Aos 41 minutos, aconteceu um momento histórico na Vila Belmiro. Vinicius Lira cobrou lateral para dentro da área do São Paulo, Tiquinho deu um toque sutil na bola, Rafael espalmou para Gabriel Bontempo chutar cruzado e Guilherme marcar o gol 13 mil da história do Alvinegro Praiano.

O primeiro tempo encerrou com o Santos com 57% de posse de bola e com três chutes em direção ao gol.

Segundo tempo

As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem alterações. O São Paulo começou melhor. Em duas oportunidades, time da Capital chegou com força e, aos 6 minutos, Luciano disparou um petardo de fora da área, passando por cima da trave de Gabriel Brazão. Um minuto depois, o Santos foi para cima. Vinicius Lira, bem no jogo, deu bom passe para Tiquinho, que rolou para Soteldo. O venezuelano tocou bem para Bontempo, que chutou com muita força e tirando do goleiro Rafael. Foi a virada na Vila Belmiro.

O jogo estava no famoso “toma lá dá cá”, com Zé Ivaldo salvando um gol de Lucas Moura, enquanto, no contragolpe, Guilherme chutou rente ao poste direito de Rafael, mas a bola foi para fora.

As substituições começaram a acontecer. Saiu o volante Pablo Maia, para a entrada do atacante Ferreira, enquanto no Peixe foram duas. Miguelito entrou na vaga de Bontempo e Kevyson no lugar de Vinicius Lira.

Tiquinho começou a mostrar seu talento durante a partida. Realizando bem o pivô, ajudando com passes e abrindo espaço para os companheiros.

Aos 25 minutos, o volante Pituca, que tem sido bastante criticado pelos torcedores do Santos, deu um passe excelente para ele, Guilherme, disparar sozinho e fazer seu segundo gol no clássico. O setor defensivo do São Paulo ficou totalmente perdido. Aos 29, o lateral Kevyson salvou o Peixe. O atacante Luciano foi passando por todo mundo, driblou Brazão, mas o jovem santista tirou na linha do gol.

O auxiliar de Caixinha promoveu mais mudanças no Alvinegro Praiano. Saiu Soteldo para a entrada de João Schmidt e Guilherme, muito aplaudido pelos 14.268 espectadores, deu lugar a Luca Meirelles. O time de Zubeldia tentou de várias formas diminuir o placar, mas não obteve bom resultado. Já Zé Ivaldo, que estava pendurado com dois cartões amarelos, arrumou confusão, recebeu o terceiro, e não encara o Botafogo-SP.

Nos acréscimos, o tricolor da Capital seguiu tentando balançar as redes pela segunda vez, mas teve que aguentar o Santos tirando a velocidade do jogo, defendendo o resultado. E deu certo para o Peixe.