Depois de cancelamentos de vagas nos hoteis da cidade, setor aposta em estratégias para reforçar a confiança do turista e se recuperar do baixo movimento dos primeiros dias do ano
Representantes do setor de Turismo do Guarujá acreditam na temporada esticada, até o Carnaval, para a recuperação dos efeitos negativos do baixo fluxo de visitantes, provocados pelo surto de norovírus e a repercussão de notícias sobre arrastões na orla, ocorridos na cidade, durante o início de janeiro. Dados da Federação dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) apontaram o cancelamento de cerca de 19% nas vagas na rede hoteleira do município, nos primeiros dias do ano. Para o diretor-executivo da entidade, Edson Pinto, a situação praticamente já se normalizou. “Estamos monitorando o nosso setor na Baixada Santista, desde as primeiras notícias de norovírus e arrastões”.
Segundo o diretor da Fhoresp, o turista está mais confiante quanto às ações colocadas em prática pelo Estado. Maior policiamento e aferição da qualidade da água potável; assim como as praias próprias para banho, são pontos de destaque para o crescimento da confiança do turista.
De acordo com o Sistema Integrado de Monitoramento de Qualidade das Águas (SIMQUA), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qualidade das águas potáveis que atendem à região da Baixada Santista é satisfatória e não apresenta contaminação. Já a qualidade das 12 praias da cidade, segundo a auditoria da estatal, apenas Perequê e um trecho da Enseada (próximo a avenida Santa Maria) estão impróprias.
“As medidas adotadas, neste momento, fazem da cidade uma das mais atrativas da região. Os turistas já têm a sensação real de que, durante finais de semana ou férias, não terão problemas sanitários ou de segurança. O visitante que tem o conforto e o lazer restituídos faz girar a Economia de todo o trade turístico, gerando empregos e atraindo novos negócios”.
ENCONTRO
Este cenário otimista foi apresentado em encontro com representantes da Fhoresp, do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada Santista e Vale do Ribeira (SinHoRes), Arthur Veloso, e o prefeito do Guarujá, Farid Madi, no início desta semana.
ENTIDADES
De acordo com a presidente da Associação da Orla do Guarujá, Vera Lúcia Sousa Santos, entidade que representa os permissionários de quiosques da cidade, o movimento desse segmento caiu pela metade. “Acredito que, aos finais de semana, de agora em diante, dê para a gente se recuperar e trabalhar bem. Ficamos sabendo por amigos e conversas, que muitas pessoas que não vieram no final do ano, trocaram as datas de suas reservas e estadas nos hotéis e imóveis alugados e chegarão à cidade”.
Para o presidente do Visite Guarujá Convetion Bureau, entidade que representa a iniciativa privada do setor de viagens, turismo e eventos, João Carlos Pollak, a retomada do movimento, de fato, depende da reputação da cidade. “Precisamos reestabelecer a boa imagem do município. Acredito que todas as autoridades, principalmente o prefeito e o secretário de Turismo, estão trabalhando bastante nesse sentido”.
Ricardo Andres Roman, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado de São Paulo (ABIH-SP) também está otimista. “Os dados mostram que os índices de criminalidade estão em queda. A ativação e instalação das mais 40 câmeras de vigilância, distribuídas em pontos estratégicos do território da ilha, por iniciativa da atual gestão municipal, foram fundamentais para o retorno da confiança dos visitantes.
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