A eleição para prefeito de Mongaguá ainda não acabou. O candidato mais votado, Paulo Wiazowski (PP), que teve 42,47% dos votos, não tomou posse. Quem assumiu o cargo provisoriamente foi o presidente da Câmara, Luiz Berbiz de Oliveira, o Tubarão, mas a tendência é que os eleitores da cidade sejam convocados para uma nova eleição.
A bagunça começou por conta de uma articulação dos vereadores da legislatura anterior para tirar Wiazowski da disputa.
Havia um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendando a rejeição das contas de 2012, o último mandato de Paulinho como prefeito de Mongaguá. A questão é que os vereadores guardaram o relatório do TCE na gaveta durante mais de uma década e só o colocaram em votação em dezembro de 2023.
Neste intervalo, em dezembro de 2020, a Câmara aprovou, em uma única sessão, as contas dos quatro anos (2013-2016) de gestão de Arthur Parada Prócida como prefeito de Mongaguá.
Ou seja, “furaram a fila” para aprovar as contas de Prócida e deixaram as de Paulinho na geladeira.
Às vésperas da eleição de 2024, a coligação adversária Mongaguá Sempre em Frente entrou com uma ação na Justiça Eleitoral para impedir a candidatura de Wiazowski. A decisão saiu em 9 de setembro de 2024: o juiz eleitoral de Itanhaém, Paulo Alexandre Rodrigues Coutinho, da 189ª Zona Eleitoral, indeferiu o registro de Paulinho, baseado na decisão da Câmara de Mongaguá.
O ex-prefeito recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e, no dia 4 de novembro, cinco desembargadores reverteram a decisão de primeira instância, por considerarem que não houve improbidade administrativa ou prejuízo aos cofres públicos, e sim erros administrativos.
A coligação rival entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em 6 de dezembro, o ministro André Mendonça, reformou a decisão do TRE-SP e indefiriu o registro de candidatura de Paulinho.
O episódio mais recente desta série de fazer inveja a uma produção da Netflix é o recurso de Paulinho no próprio TSE, que deve ser apreciado de forma colegiada (não só por um, mas vários ministros da Corte Suprema), assim que o Poder Judiciário voltar de férias.
A expectativa é que a decisão seja anunciada após 10 de fevereiro. Reserve seu balde de pipoca.
Paralela à briga jurídica, acontece uma disputa política que deve resultar na vitória de Paulo Wiazowski. Caso a decisão do TSE seja desfavorável a ele, Paulinho já articula a candidatura de sua esposa, Cristina, para disputar a nova eleição para a Prefeitura de Mongaguá.
Para isso, ele vem construindo um amplo arco de alianças, que inclui até antigos adversários, como Rafael Redó (Republicanos), que é muito associado ao prefeito anterior, Márcio Melo Gomes, o Márcio Cabeça.
Paulinho vem demonstrando força política em uma espécie de pré-campanha. Na semana passado, por exemplo, reuniu mais de 40 políticos, incluindo vereadores de vários partidos, em um almoço no restaurante Recanto Bem Brasil. “Apoio não se recusa”, diz Paulinho. “Minha mulher terá mais votos do que eu tive”, assegura.
Paulinho boa noite, se sua defesa alegar a prescrição quinquenal, não há o que se falar em condenação…por isso acredito na sua e na nossa vitória. Sua esposa é ideal para ser sua substituta…creia…. Deixe o Redó de lado.busque caras novas em nome de Jesus… Creio na sua vitória… Você não fez sua reabilitação, por favor,
Paulinho foi um ótimo prefeito! Acredito que vai dar tudo certo e ele assumirá a prefeitura para o bem de Mongaguá que atualmente se encontra totalmente abandonada! Sua esposa acredito que será uma ótima prefeita! Mas se aproximar ou fazer coligação com políticos que foram totalmente rejeitados pela população por serem PARASITAS POLÍTICOS e loucura!!!
Vejo muitas críticas ao Advogado que impetrou a ação, porém quero parabenizar o profissionalismo. Quanto ao Paulinho só tenho a lamentar, como pode perder uma eleição por causa de uma placa e agora perde outra por não acompanhar as contas da sua gestão como Prefeito, já era de conhecimento que o Tribunal de Contas havia rejeitado, ficou dormindo e o resultado está aí. Fico imaginando como Prefeito se não consegue administrar nem seus interesses políticos.