A vida da merendeira Beatriz da Silva Rosa começou a desabar na noite de 9 de fevereiro deste ano, quando seu marido Leonel e o amigo Jefferson foram mortos no Morro do São Bento, durante uma operação da Polícia Militar.
Os policiais estavam na caça de traficantes e acabaram confundindo as muletas de Leonel, que era deficiente físico, com fuzis.
A tragédia não terminaria aí.
Meses depois, mais precisamente no início da noite de 5 de novembro, o filho de Beatriz, Ryan, de apenas 4 anos, estava brincando com amiguinhos nas imediações de sua residência, quando foi atingido por uma bala perdida durante uma operação contra traficantes, segundo a versão oficial, da Polícia Militar.
O garotinho foi socorrido, mas morreu durante a madrugada do dia 6.
A vida de Beatriz da Silva Rosa virou um inferno desde então. Ela tem que cuidar sozinha de seus dois filhos, João, de 10 anos, e Manuela, de 7.
“Meu mundo não tem mais cor”
Emocionalmente a família está destruída e os problemas financeiros só se agravaram desde a morte do marido.
Beatriz trabalha como merendeira em uma firma terceirizada que presta serviços numa escola municipal da comunidade. Como paga R$ 650 reais de aluguel numa casinha bastante humilde, o que sobra mal dá para a sobrevivência.
“Desde a morte do Ryan o meu mundo não tem mais cor. Ontem fui trabalhar chorando. Estou devastada, tem dia em que eu desabo”, revela Beatriz. Ela diz que só não fez uma besteira porque pensa nos dois filhos – que estão muito abalados com a morte do pai e do irmão – para criar.
Segundo Beatriz, João se fechou muito desde a morte do irmão e Manuela pergunta de Ryan, a quem era muito ligada, todos os dias.
“O que eu posso dizer a eles?”
Amigos fazem vaquinha pela internet
Sensibilizados com a tragédia vivida pela família de Beatriz, amigos tiveram a ideia de fazer uma “vaquinha” na internet com a intenção de ajudar Beatriz a comprar uma casinha e de ter condições de sustentar suas crianças.
“Nós não podemos trazer de volta o marido e o filhinho dela. Mas podemos ajudá-la a ter uma chance de recomeçar a vida e criar seus dois filhos com um mínimo de dignidade”, diz um amigo de Beatriz, que prefere não se identificar.
DADOS PARA DOAÇÃO
BEATRIZ DA SILVA ROSA
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