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Diversidade: Você é Contra?

06/09/2024
Diversidade: Você é Contra? | Jornal da Orla

Em entrevista a um podcast chamado Benjamin, a jornalista Janaína Xavier disse que “foi demitida na Rede Globo por ser muito bonita”. Mas eu diria para você que talvez tenha sido por questões políticas, uma vez que ela já falou também em outro momento que, por ter postado uma foto com a ex-deputada Joice Hasselmann, não sei se é verdade. Confesso que, para fazer qualquer tipo de comentário sobre essa entrevista, ele teria que ouvir ou assistir, mas infelizmente eu só vi alguns cortes. Então, qualquer comentário sobre essa entrevista fica prejudicado.

Porém, a gente pode fazer um conceito mais amplo sobre esse assunto, mas eu volto a dizer que, na minha opinião, foi por motivos políticos sua demissão, mas ao mesmo tempo eu não quero ser o nome. Mas vamos lá. Vamos partir do princípio de que ela tenha sofrido algum tipo de preconceito ou discriminação por ser considerada bonita. Existem alguns fatores aí que devem ser considerados por quem empreende nesse caso. Eu só estou dando a minha opinião mesmo sem ser pedido, sim, pedir. É o seguinte: não vai entender, a beleza é uma coisa relativa porque depende do olhar de cada um de nós. Existem padrões de beleza que vão se alterando no decorrer do tempo, com o passar dos anos e das décadas. Isso não dá para discutir.

Mas não é de hoje que eu vejo acontecer uma inversão na famosa e tão falada inclusão social de vários segmentos considerados minorias. De 20 anos para cá, essa questão se intensificou nas empresas e nos movimentos, inclusive na área da comunicação. Ô, eu tô errado no que eu tô falando? Eu acho que não, e disso eu posso falar muito bem porque eu sou cadeirante, certo? Vamos lá, seguinte: se eu pudesse projetar um programa de televisão ou de rádio, ele seria totalmente feito com base em mulheres, independentemente de condição física ou de qualquer outro tipo. Por quê?

Existe uma necessidade de que a gente valorize a competência da mulher, independentemente da classe social ou raça, ou natureza sexual. Na minha opinião, eu vou falar uma coisa que pode ser tratada como polêmica, mas vamos lá: nós vivemos uma ditadura da diversidade. Eu posso até ser beneficiado por essa, eu chamaria de onda pró-diversidade, mas há uma questão problemática que nós, seres humanos, temos de resolver: não existe sinceridade, na minha opinião, nesse processo histórico de apoio à diversidade. Existe sim uma tentativa de politicamente correto, e muitas pessoas em empresas tentam se beneficiar explorando a imagem dos grupos considerados minorias, principalmente politicamente falando. Eu posso falar sobre isso porque eu pertenço a um grupo considerado minoria, porém uma minoria volumosa, que é o grupo da pessoa com deficiência.

Ao mesmo tempo que falo isso, eu vejo com alguma preocupação o avanço do processo invertido, que é o fechamento dos departamentos de inclusão social e diversidade, que envolve a pessoa com deficiência, acaba envolvendo, né? Partindo dos Estados Unidos, é uma reconfiguração que está acontecendo lá e que pode acabar vindo para cá e acabar derrubando a lei de cotas, vamos dizer assim. O que para nós, pessoas com deficiência, seria muito negativo, porque fecharia as portas para nós.

Vamos lá. Não pode ser critério de qualificação ou de exclusão no mercado de trabalho a sua natureza sexual, seja homem, mulher, heterossexual ou homossexual. A sua natureza sexual pertence a você e a mais ninguém. Você é um ser humano como qualquer outra pessoa na face da terra. Nunca se esqueça disso. Você talvez esteja perguntando por que eu estou falando sobre isso ao comentar uma entrevista sobre uma jornalista mulher, a Janaína Xavier. Porque, de certa forma, ela comenta o que está acontecendo no mercado e as preferências, digamos assim, do próprio mercado de trabalho da comunicação hoje em dia. É só por isso.

Não pode ganhar mais força do que já tem a corrente política ideológica que quer a exclusão total da pessoa com deficiência. Eu ainda vou falar sobre a pessoa com deficiência nessa questão mais para frente, na conclusão, mas assim, não sei o que vocês têm contra, se é que têm, porque eu não vou fazer de vítima, eu não gosto disso. Mas para começo de conversa, a pessoa com deficiência, na sua grande maioria, ela só quer uma oportunidade para mostrar quem ela é, com as qualidades e os defeitos que todos nós temos, independentemente de condição física. Está ok? E eu vi um vídeo do jornalista Ricardo Feltrin no YouTube, no canal dele, ele fala em certo vídeo sobre uma questão que eu confesso que fiquei preocupado, que é a questão do fechamento dos departamentos de diversidades em algumas empresas fora do Brasil, o que pode ser que em algum momento venha para cá, para o nosso país. Por que eu digo isso? Porque o público PCD faz parte do departamento de diversidade, além de cotas no mercado de trabalho para a pessoa com deficiência. Está inserido nesse segmento, é por essa questão que eu me preocupo e estou falando aqui. Se não fosse isso, eu ficaria em silêncio.

Apesar de que eu ainda vejo, ouço e leio falar sobre o ESG, mas eu vejo com preocupação a diminuição ou a inversão do que a gente chama de inclusão social da pessoa com deficiência. Quer uma luta diária e às vezes somos tratados como “lacradores”, que é um rótulo um pouco pejorativo. Deixa eu falar um negócio para você: ser demitido não é o fim do mundo, não. Talvez seja uma oportunidade para você, que me lê nesse momento, usar a criatividade para trabalhar para você mesma, usar a criatividade a seu favor.

Para concluir, eu vou dizer o seguinte para vocês: A pandemia de 2020, você sabe do que eu não vou citar aqui, modificou a vida da gente de uma forma que não haverá retorno, tá certo? Alguns mais, outros menos, mas a verdade é que a vida da gente virou de ponta cabeça, e a perda de emprego, por mais difícil que seja num primeiro momento, significa também o encerramento de um ciclo. É por isso que as pessoas que conviviam com a gente diariamente se afastam, e não é o fim do mundo. Serve para quê? Para que você recalcule sua rota, se reinvente. A solução está na sua mão.

Certa vez eu escrevi sobre um tema que eu conheço que é a vida da pessoa com deficiência dizendo e o respeito não se põe o quê no consciência inclusive a versão blog há muito tempo atrás, e vamos combinar que é uma verdade, para que nós conquistemos esse respeito é necessário que as pessoas que andem que são a maioria nos nos dê a oportunidade para que nós possamos mostrar a nossa capacidade independente da condição física, por que que eu estou dizendo isso.? Pois vamos lá eu vou eu explico “Por onde passei até agora é sempre usei como linha primária a vida da pessoa com deficiência como ponto de partida para fazer qualquer tipo de análise sobre qualquer assunto, Por que a minha preocupação é mostrar que a pessoa com deficiência existe e precisa viver não importa a sua condição física cega se usa cadeira de roda se usa muleta você é surda ou se muda, outras condições físicas porque a Gama de deficiência é gigantesca, e eu procuro traduzir o sentimento das pessoas com deficiência nas minhas colunas nós vivemos e existimos. O outro ponto de partida que eu carrego comigo, é a valorização humana independente de gênero seja mulher seja homem seja hétero ou homossexual para mim não importa, ainda ainda posso falar sobre créditos e etnias seja Branco seja negro você já evangélico católico espírita etc somos todos seres humanos e temos de nos respeitar independente das nossas diferenças humanas”.

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